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Saúde divulga o registro de mais 1,4 mil casos de covid-19

Saúde divulga o registro de mais 1,4 mil casos de covid-19

Taxa de transmissão está em 1,77 no DF, o que significa que um grupo de 100 infectados pode transmitir o novo coronavírus para outras 177 pessoas.

O último mês do ano começou registrando mais de 1,4 mil diagnósticos de covid-19 no Distrito Federal. A Secretaria de Saúde confirmou os pacientes na tarde desta quinta-feira (1º/12), por meio do Boletim Epidemiológico.

Em mais de dois anos de pandemia, 854.926 pessoas se infectaram com o vírus na capital do país. Já a soma dos diagnósticos positivos dos últimos sete dias dividida por igual número — cálculo da média móvel — está em 1.687 (3,84%), o que representa estabilidade em relação há 14 dias.

Em complemento ao número de pacientes, a taxa de transmissão do vírus não dá trégua aos brasilienses e chegou a 1,77. Na terça-feira (29/11) o número estava em 1,80.

Neste momento, um grupo de 100 pessoas infectadas podem transmitir o novo coronavírus para outras 177 pessoas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda uma taxa abaixo de 1, para que a pandemia seja considerada controlada.

Óbitos
Há oito dias sem registrar óbitos em decorrência da covid-19, o cenário continua estável em relação ao número de mortes. Segundo a SES-DF, nenhuma morte foi confirmada ou notificada nesta quinta-feira (1º/12). Desta forma, a média móvel de mortes está zerada, o que representa estabilidade.

Porém, desde março de 2020, cerca de 11 mil pessoas perderam a batalha para o Sars-CoV-2.

Nova variante Ômicron é identificada em Valparaíso de Goiás-GO

Nova variante Ômicron é identificada em Valparaíso

Nova variante Ômicron é identificada em nove municípios goianos
Foram identificados 27 casos de Covid-19 da sublinhagem BQ.1, em nove municípios goianos, em sequenciamento feito pela Rede Gemônica Estadual e pela Secretaria Municipal de Aparecida de Goiânia.

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) identificou 27 casos de Covid-19 da variante Ômicron, sublinhagem BQ.1, em nove municípios goianos. A identificação ocorreu por meio de sequenciamento de amostras feito pela Rede Gemônica Estadual, integrada pelo Laboratório Estadual de Saúde Pública Giovanni Cysneiros (Lacen) da SES-GO, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), Universidade Federal de Goiás (UFG) e Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). As amostras de Aparecida de Goiânia foram sequenciadas por laboratório contratado pelo próprio município.

Ao todo foram sequenciadas 94 amostras de Covid-19, pela SES, nos meses de outubro e de novembro pela SES. Nestas, foram identificadas a sublinhagem BA.5 em 60 amostras (64%), e outras sublinhagens em 19 amostras (20%). A sublinhagem BQ.1 foi identificada em 15 amostras, o que corresponde a 16% do total, distribuídas nos municípios de Goiânia, Senador Canedo, Valparaíso de Goiás, Alexânia, Anápolis, Caldas Novas, Jaraguá e Mineiros. Em relação as amostras de Aparecida de Goiânia foram sequenciadas 26 amostras, destas, em 12 foi identificada a sublinhagem BQ.1.

Sem hospitalização

A SES-GO relata que as amostras foram coletadas no mês de novembro, o que indica que a circulação da sublinhagem BQ.1, em Goiás, pode ter iniciado entre os meses de outubro e novembro. No Brasil os primeiros casos de Covid-19 da sublinhagem BQ.1 foram identificados em setembro.

O Ministério da Saúde destaca que não há dados epidemiológicos que indiquem um aumento na gravidade da doença por essa sublinhagem. O impacto das alterações imunológicas observadas no escape da vacina ainda não foi estabelecido.

Os levantamentos da SES-GO revelam que em nenhum dos 15 casos da sublinhagem BQ.1 houve hospitalização. Do total de casos, 10 (66,7%) são do sexo feminino, e 5 (33,3%) são do sexo masculino. Em relação à faixa etária, 33,3% têm de 30 a 39 anos; seguida pela faixa etária maior de 60 anos, com 26,7% dos casos. Dos 12 casos de Aparecida de Goiânia todos evoluíram para cura, segundo informações da secretaria municipal de saúde.

A SES-GO observou um aumento 198,8% dos casos notificados de Covid-19, da Semana Epidemiológica 44 para a Semana Epidemiológica 45. A Semana Epidemiológica 46 manteve a tendência de aumento, com a notificação de 1.833 casos. A SES-GO destaca a importância de analisar os casos notificados nas semanas anteriores, a regularidade da notificação e ampliação da testagem.

Recomendações

Devido à constatação da sublinhagem BQ1, em Goiás, a SES-GO orienta a população a fazer o uso de máscara facial, principalmente as pessoas com fatores de risco para a Covid-19, em especial imunossuprimidos, idosos gestantes e pessoas com múltiplas comorbidades. A proteção também é indicada para as pessoas que tiveram contato com casos confirmados de Covid-19, pessoas em situações de maior risco de contaminação pela Covid-19 como locais fechados e mal ventilados, locais com aglomeração e serviços de saúde.

A vacinação completa conforme esquemas preconizados pelo MS, com completude do esquema vacinal, com especial atenção às doses de reforço e a vacinação de crianças, cujo número de hospitalizações por COVID19 tem apresentado crescimento desde o início deste ano, principalmente em crianças menores de 9 anos.

Prefeitura de Novo Gama amplia locais de vacinação no Municípi

A Prefeitura de Novo Gama decidiu ampliar os locais de vacinação, com objetivo de aumentar os reforços de imunização, devido à aparição da variante Ômicron, que traz a possibilidade de uma nova onda da Covid-19 para o País.

Com apoio da secretaria de Saúde, dois novos pontos de vacinação foram implantados no município: ESF 08 – Boa Vista II, com vacinação às quintas-feiras, e CAPS – Lunabel III, de segunda a sexta-feira.

De acordo com dados do Butantan, o risco de nova infecção pela variante Ômicron é seis vezes maior entre pessoas que não se vacinaram ou não completaram o esquema vacinal. Por esse motivo, o Ministério da Saúde recomenda novamente o uso de máscara e a atualização da caderneta de vacinação com a dose de reforço.

A enfermeira, Marília Chissolucombe, afirma que os postos de saúde estão preparados para atender os moradores do município. “O Brasil, por meio da vacinação, conseguiu eliminar diversas doenças. Estaremos com as nossas unidades de saúde abertas para realizar a vacinação da população”.

Confira quais postos de saúde disponibilizarão a vacina contra o Coronavírus:

ESF 01/02 – Vale do Pedregal;
ESF 03 – Parada 15 do Pedregal;
ESF 04 – Parada 08 do Pedregal;
ESF 05 – Vila União;
ESF 07 – Vila Zequinha;
ESF 08 – Boa Vista II (apenas às quintas-feiras)
ESF – Mont Serrat;
ESF 09 – Lunabel;
CAPS – Lunabel III;
ESF – Alvorada (apenas às terças-feiras)
ESF – América do Sul (apenas às sextas-feiras)
ESF 10 – Lago Azul;
ESF 11/13 – Lago Azul;

As unidades realizarão a vacinação de segunda a sexta-feira, de 08 às 16h, exceto a ESF – alvorada, que vacinará apenas às terças-feiras e a ESF – América do Sul, apenas às sextas-feiras.

A quarta dose está disponível para maiores de 30 anos e pode ser aplicada quatro meses após a última dose. Para se vacinar é necessário comparecer a um dos postos de saúde com documentos de identidade, CPF ou cartão do SUS e cartão de vacina.

Fonte: Governo de Novo Gama-GO

Alta da taxa de transmissão da covid-19 no DF chama a atenção de autoridades

PANDEMIA
Alta da taxa de transmissão da covid-19 no DF chama a atenção de autoridades
Ao Correio, o diretor de vigilância epidemiológica da Secretaria de Saúde (SES-DF), Fabiano dos Anjos, falou sobre as frentes em que o governo vai atuar para conter a transmissão do coronavírus e da subvariante da ômicron

Com o registro de casos confirmados da subvariante da ômicron — BQ1 — em alguns estados do país, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) demonstrou preocupação com o cenário na capital federal, principalmente com a crescente alta da taxa de transmissão (veja quadro). Para isso, um sequenciamento está sendo realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) que deverá, nos próximos dias, atestar se a nova sequência da doença chegou ou não a Brasília. Outra medida para conter o avanço do novo coronavírus é a vacinação de bebês de 6 meses. Um lote de 14,4 mil doses do imunizante da Pfizer deve chegar hoje ao Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek.

No país, a nova subvariante foi identificada em cinco estados e registrou o primeiro óbito em São Paulo. A BQ.1 surgiu de uma outra subvariante, a BA.5, e é uma das 300 sublinhagens da ômicron, predominante no mundo. No DF, o laboratório monitora a situação, e um panorama melhor da situação deve ocorrer, pelo menos, até a próxima semana. “O Lacen tem feito um trabalho contínuo de vigilância de qualquer variante ou subvariante no DF. Essas amostras estão sequenciadas, e o que havia circulado no DF (de mutações da ômicron) são aquelas já identificadas no primeiro semestre. Teremos algum entendimento sobre a nova subvariante daqui uns dias”, detalhou o diretor de vigilância epidemiológica da SES, Fabiano dos Anjos.

O chefe da vigilância da pasta também detalhou que o DF deve começar a vacinar as crianças de seis meses e menores de 3 anos com comorbidades na próxima semana. Ele afirmou que a pasta trabalha com duas estratégias primordiais: sensibilizar a população, principalmente de jovens a se imunizarem, e o aumento de testagens. “A proteção da vacina tem uma validade e a proteção diminui. Sabemos que existem várias mutações do vírus e a baixa imunização contribui para uma nova variante. O momento das máscaras já passou, mas as medidas de precaução não. Precisamos testar (a população)”, conclui.

Para especialistas ouvidos pelo Correio, a taxa de transmissão alta, que chegou a 1,32 ontem, e com a aproximação de datas importantes — como a Copa do Mundo e festas de final de ano — podem ocasionar um crescimento no número de infectados no Distrito Federal. Mesmo com o número baixo de mortes e internações, o infectologista Hemerson Luz aponta que a Saúde deverá adotar uma estratégia que busque incentivar a população a se vacinar contra a doença. “O aumento dos casos foi potencializado com as aglomerações das eleições, e datas festivas poderão agravar ainda mais a situação. A nova subvariante tem algo diferente das demais: ela burla o sistema de defesa do corpo humano, principalmente de quem não se vacinou. A receita é a de sempre: as pessoas se vacinarem, para a não evolução de um caso grave da doença”, alerta o especialista.

 

O Correio percorreu a Rodoviária do Plano Piloto, e percebeu que alguns passageiros optaram — mesmo com a crescente da taxa de transmissão — por utilizar máscara de proteção contra a covid-19. Moradora de Águas Lindas (GO), a analista financeira Kátia José de Oliveira, 45, decidiu utilizar o item. “Voltei a usar a máscara todos os dias, principalmente dentro do transporte público. Estou tomando cuidados, e todos nós temos que ficar bem atentos com a questão da covid-19, porque a taxa de transmissão está aumentando bastante”, diz. A operadora de telemarketing, Isabele Barros, 20, moradora do Guará, afirmou que está sabendo do aumento da taxa. “A gente teme perder parentes e amigos para essa doença. Se tiver que tomar a vacina novamente, a gente tem que tomar. É melhor sempre estar protegido, principalmente contra a covid-19”, assentou.

O cenário de alta da taxa de transmissão no DF chama a atenção das autoridades do DF?

Sim. A maior preocupação da pasta e do nosso governador Ibaneis Rocha é aumentar a nossa cobertura vacinal, principalmente daquela população que não completou o esquema. Esse aumento dos casos acendeu um alerta, e precisamos conquistar a população a se vacinar contra a covid-19.

Covid-19: o que se sabe sobre a BQ.1 e XBB, subvariantes da ômicrom

PANDEMIA

Covid-19: o que se sabe sobre a BQ.1 e XBB, subvariantes da ômicrom
Casos da doença já foram reportados em vários estados do Brasil e pode trazer mais riscos do que as outras

A nova onda de contaminação por covid-19 voltou a preocupar os estados brasileiros. As duas novas subvariantes da ômicron, a BQ.1 e a XBB, já têm causado impacto na Europa, na China, nos Estados Unidos. Na última terça-feira (8/11), o Brasil registrou a primeira morte pela a BQ.1, em São Paulo.

A preocupação dos especialistas é que novos casos possam surgir nos próximos dias. O Correio conversou com dois especialistas para entender os riscos das novas subvariantes e tirar as principais dúvidas que podem surgir sobre a proteção da vacina e uso de máscara.

O analista de saúde do Programa Municipal de Imunizações da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, João Gregório Neto, explica que o vírus Sars-CoV-2, da covid-19, não parou de circular e evoluir desde o início da pandemia, dando origem a novas variantes.

“O que podemos observar é que com a vacinação as pessoas vão se tornando resistentes a variantes iniciais e anteriores. A nova subvariante BQ.1 é uma alteração da variante da ômicron, apresentando mutações na proteína spike, uma proteína na superfície do Sars-CoV-2, portanto é possível que ele se ligue e infecte novamente as nossas células”, explica Gregório, que também é enfermeiro e docente do curso de Enfermagem da Faculdade Santa Marcelina.

Segundo o professor Bergmann Morais Ribeiro, do Departamento de Biologia Celular da Universidade de Brasília (UnB), esse é um processo evolutivo do vírus de modificação e adaptação ao hospedeiro, que é o ser humano. No entanto, segundo ele, as novas variantes não são consideradas mais graves que as anteriores.

“Você tem uma defesa contra a infecção de novas variantes do coronavírus. Entretanto o vírus vai se modificando e essas modificações, que ocorrem principalmente lá na proteína do vírus, fazem com que ele não seja reconhecido por nenhuma parte das nossas defesas. Mas ela não se agrava porque nós temos outros tipos de defesa que evitam doenças graves”, explica Ribeiro.

De acordo com os dois especialistas, a vacinação continua sendo o meio mais eficaz de prevenção. Para isto, dois fatores são importantes:

As vacinas são criadas a partir do vírus, mesmo havendo variações futuras, o sistema imunológico produz anticorpos ao contato com o vírus.
Segundo, os laboratórios produtores estão atentos às novas variantes, sendo possível uma atualização das vacinas. Por isso, é importante seguir as orientações do Ministério da Saúde e das Secretarias Estaduais e Municipais para estar atento às doses de reforços e completar o esquema vacinal.

Prevenção

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta para a presença da variante BQ.1 em cinco estados do Brasil: São Paulo, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Amazonas. A XBB ainda não teve casos registrados no país. Sendo assim, para evitar uma nova onda, a prevenção continua sendo a melhor ferram10/11/2022 10:55enta. Os especialistas reafirmam a importância da vacinação para o combate da covid-19 e suas variantes. Mas outros cuidados também são necessários:

Evitar aglomerações com a aproximação da Copa do Mundo e as confraternizações de fim de ano;
Avaliar individualmente o uso de máscaras, principalmente em locais fechados e aglomerados;
Lavar corretamente as mãos sempre que voltar da rua, coçar o nariz e olhos;
Utilizar alcoolemia gel;
Isolar-se se houver qualquer sintoma suspeito;
Esquema de vacinação completo.
Para o professor Bergmann, apesar do uso de máscaras não ser mais obrigatório, ele recomenda que pessoas vulneráveis, como as que têm o sistema imunológico fraco, os idosos e as mulheres grávidas, continuem utilizando o equipamento de prevenção.

“E as pessoas de maneira geral, se forem em um lugar que tenha muita gente aglomerada, como dentro de um o transporte coletivo, é recomendado que se use máscara. Nós estamos protegidos com a vacinação em dia, mas podemos ser infectados. A pessoa saudável provavelmente não vai ter uma doença grave. Mas nós podemos passar o vírus para uma pessoa que é suscetível, uma pessoa mais vulnerável, e essa pessoa, sim, pode ter uma doença grave ou até vir a óbito”, destaca Bergmann.

João Gregório Neto insiste que as doses de reforço são a medida mais eficaz de prevenção individual e coletiva. “Com a vacinação foi possível o retorno das atividades coletivas. Em relação ao número de doses, as pessoas devem seguir as orientações do SUS e sabemos que a dose de reforço é a garantia da redução da incidência e da gravidade da doença”, aponta.

Bergmann defende ainda que o vírus não vai sair mais da população humana, uma vez que não é possível erradicá-lo, assim como o vírus da gripe. Para ele, o vírus vai se tornar comum, como o de resfriado. ”Esse vírus vai se modificando, novas variantes vão surgir e, como nós estamos tomando vacina, a maioria das pessoas vai ficar resistente à infecção e não vai evoluir para doenças mais graves, exceto no caso das pessoas mais sensíveis”, conclui o especialista.

Alta dos casos de dengue ligam sinal de alerta na saúde pública

Alta dos casos de dengue ligam sinal de alerta na saúde pública

Ocorrências prováveis na capital do país chegaram a 64.776 até outubro. No mesmo período do ano passado, o número de registros foi de 21.082 casos. Neste ano, 11 óbitos pela doença foram notificados.

SAÚDE PÚBLICA
Alta dos casos de dengue ligam sinal de alerta na saúde pública
Ocorrências prováveis na capital do país chegaram a 64.776 até outubro. No mesmo período do ano passado, o número de registros foi de 21.082 casos. Neste ano, 11 óbitos pela doença foram notificados

A dengue no Distrito Federal cresceu 394,5% este ano em relação ao mesmo período de 2021. Os casos prováveis na capital do país chegaram a 64.776 registros, um aumento exponencial quando comparado de janeiro a outubro do ano passado, que notificou 21.082 ocorrências suspeitas. No que diz respeito às mortes, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) afirma que, em 2022, 11 óbitos foram constatados. A faixa etária que apresenta maior índice da doença está entre 70 e 79 anos. O predomínio, no entanto, concentra-se nas mulheres, que ilustram 55,3% dos testes positivos, enquanto os homens, apenas 44,6%.

Febre alta, indisposição, falta de apetite e fortes coceiras. Carlos Almeida (nome fictício), 48 anos, descreve que as dores eram intensas. Infectado com dengue em julho deste ano, ele acredita que pode ter se contaminado em casa ou no ambiente de trabalho. Os dois lugares, segundo ele, têm jardins que acumulam vários mosquitos.

Morador do Lago Norte, o técnico em informática descreve que, nas proximidades de sua residência, existem vários focos do aedes aegypti. Mesmo tentando ao máximo se prevenir da doença, relata que acabou se contaminando. “Aqui (em casa) limpamos, jogamos inseticida e evitamos água parada. Mas alguma área pode ter escapado. Também não temos como garantir que os vizinhos estejam fazendo as mesmas coisas”, destaca.

Nos primeiros dias, os sintomas vieram fortes. Ele descreve que os alimentos tinham “gosto de papelão” e a indisposição, atrelada a essa dificuldade, o levou para uma unidade de saúde. No local, foi diagnosticado com desidratação e precisou de uma dose de soro intravenosa para melhorar. O médico recomendou para o morador do Lago Norte a ingestão de um litro de água por dia para que não precisasse ser internado. Seguindo à risca a orientação, as dores e o cansaço passaram ao longo dos dias. Hoje, ele não sente nenhuma sequela, mas não deseja reviver os quase 30 dias em que esteve com dengue.

Fatores
Para o professor de epidemiologia na Universidade de Brasília (UnB) Wildo Navegantes, a retomada das atividades cotidianas por parte da população pode ter levado a um maior acúmulo de reservatórios nos ambientes urbanos da capital do país, o que favorece a proliferação dos mosquitos da dengue. Além disso, o especialista analisa que ações governamentais, como obras de saneamento, não foram ofertadas para a mitigação dos casos. “Isso, principalmente nas regiões mais periféricas, bem como parece não ter havido atividades educacionais e subsequentemente preventivas para evitar o aumento nesses locais”, explica o professor.

Com a chegada do período pluvial, Wildo vê para o futuro uma possibilidade de que o contexto geral das ocorrências piore até o início de 2023. Ele diz que, se o tempo se mantiver desta forma, os mosquitos podem se proliferar mais facilmente e o cenário para o ano que vem pode acabar piorando.

Semanas difíceis
Matheus Del Rosso, 22 anos, é morador do Lago Norte e se infectou com a doença em março deste ano. Segundo ele, os sintomas duraram cerca de duas semanas. “Tive dor no corpo, na cabeça, nos olhos, febre e enjoo. Perdi totalmente a fome e tinha muito sono”, relembra o corretor de imóveis. O jovem conta que as dores passaram rápido, entre três ou quatro dias.

No entanto, a dificuldade para comer e o cansaço no corpo foram as sensações que perduraram por mais tempo. Matheus acredita que, muito possivelmente, tenha se infectado dentro de casa. “No Lago Norte, tem muitos jardins, lugares com muita água parada”, detalha.

Além do corretor imobiliário, outros familiares chegaram a se infectar com a dengue. Depois de tantos parentes passarem por momentos difíceis, o cuidado no lar passou a ser mais intenso em relação a possíveis focos do mosquito.

Ação conjunta
Na visão de Mauro Niskier Sanchez, epidemiologista e professor do Departamento de Saúde Coletiva da UnB, o controle da dengue é uma responsabilidade compartilhada entre o poder público e a população. Diante disso, é importante que as duas partes trabalhem juntas para conter o avanço da doença. “O governo disponibiliza recursos humanos, em especial os agentes de vigilância ambiental, que visitam residências e comércio, conduzindo ações educativas e de controle do mosquito”, ressalta.

Em relação à comunidade geral, Mauro orienta que cada indivíduo tem o dever cívico de receber as equipes de vigilância e de exercer as ações de prevenção necessárias para que a dengue não se agrave como problema de saúde pública. “A educação em saúde e as ações de controle só surtem efeito se governo e sociedade agem em sinergia, incorporando atitudes que impedem a proliferação do vetor e como consequência a transmissão da doença”, finaliza o professor.

Trabalhos
A Secretaria de Saúde afirma que as ações de combate no Distrito Federal são realizadas de segunda a sexta-feira, com auxílio da Vigilância Ambiental, que divide várias equipes nas quadras de cada região e realiza inspeções nos quintais das casas. Outro foco importante, segundo a pasta, é em locais abandonados, e precisam ser vistoriados e monitorados constantemente.

Além da Secretaria, órgãos como Corpo de Bombeiros (CBMDF), DF Legal, Defesa Civil, Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e a Secretaria de Segurança Pública (SSP) estão envolvidos no trabalho. Conforme os dados da pasta, de janeiro até setembro de 2022, mais de 2,1 milhões de lares foram inspecionados. E, no mesmo período, cerca de 531 mil possíveis depósitos do mosquito aedes aegypti foram eliminados.

SES promove capacitação sobre Investigação de Surtos de Doenças Transmissíveis em Valparaíso   

SES promove capacitação sobre Investigação de Surtos de Doenças Transmissíveis em Valparaíso

Qualificão é realizada até quarta-feira, pelo Centro de Informações em Vigilância em Saúde (Cievs), em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal.

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), por meio do Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (Cievs), realiza uma capacitação sobre Investigação de Surtos de Doenças Transmissíveis, em Valparaíso de Goiás, nesta semana.

O evento é destinado a profissionais de saúde da vigilância e assistência dos municípios da Regional de Saúde do Entorno Sul e acadêmicos do curso de enfermagem da Faculdade Anhanguera, onde a capacitação é ministrada desta segunda (17/10), a quarta-feira (19/10).

Os palestrantes são o dr. em epidemiologista Fabiano Marques e as especialistas em epidemiologia, Patrícia Borges e Paula Cristina. Eles utilizam estudos de caso das principais doenças transmissíveis em Goiás, como monkeypox, Covid-19, caxumba e síndrome mao pé e boca. Eles também vão abordar etapas de investigação, definição de caso em surto e alertas para as doenças exantemáticas e paralisia flácida aguda.

“Ressaltamos a importância dessas capacitações para o aprimoramento dos profissionais de saúde para a detecção, investigação e monitoramento das doenças e eventos de interesse a saúde pública, com o propósito de eliminar cadeia de transmissão e fomentar dados epidemiológico para a tomada de decisão dos gestores local, estadual e federal”, afirma a coordenadora de Educação e Comunicação em Saúde, Sylvéria de Vasconcelos Milhomem.

Isabela Melo/Comunicação Setorial.

DF registra três casos de varíola dos macacos e acumula 287 infectados  

DF registra três casos de varíola dos macacos e acumula 287 infectados

Maioria dos infectados é do sexo masculino. No total, o Distrito Federal contabilizou 287 habitantes atingidos pela doença até o momento.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal divulgou, nesta segunda-feira (17/10), novo informe epidemiológico sobre a varíola dos macacos — ou monkeypox — com três novos casos da doença desde o último levantamento, publicado na quinta-feira (13/10). Ao todo, o DF tem 287 infectados até o momento.

Do total, 276 são do sexo masculino; e 11, do sexo feminino. Os exames laboratoriais descartaram outros 667 casos que estavam em investigação. Há 245 suspeitas em investigação. O Plano Piloto é a região administrativa com maior número de ocorrências da varíola do macaco, com 56 doentes. Águas Claras tem 34 moradores infectados, Samambaia tem 25, Ceilândia e Guará têm 20, cada uma. A maior parte das pessoas diagnosticadas está na faixa etária de 20 a 39 anos.

A transmissão da varíola dos macacos pode ocorrer com o contato direto com secreções respiratória, lesões de pele ou fluidos corporais de uma pessoa infectada. A infecção também se dá a partir do contato com superfície ou objetos recentemente contaminados. Os principais sintomas são febre e manchas com bolhas pela pele, mas as pessoas podem apresentar calafrios e linfadenopatia — inchaço em pequenas glândulas, especialmente em regiões perto do pescoço. É recomendado evitar contato com pessoas com diagnóstico positivo e higienizar bem as mãos.

Sarampo: serviços de saúde farão busca ativa de casos da doença

Sarampo: serviços de saúde farão busca ativa de casos da doença

Ministério da Saúde promove o Dia S para reforçar ações contra doença.

O Ministério da Saúde promove nesta terça-feira (13/9) um dia de combate ao sarampo, o Dia S, com busca ativa a pessoas com suspeita da doença. De acordo com a pasta, a medida visa reforçar as ações contra o sarampo em todo o país para acabar com a circulação do vírus.

A ação ocorre em conjunto com os serviços de saúde de estados e municípios. “A mobilização irá reforçar a manutenção da eliminação do vírus do sarampo e da rubéola, nos locais onde não há confirmações de casos”, informou a pasta.

A busca ativa é feita para identificar e captar casos suspeitos de sarampo ou rubéola nos estabelecimentos de saúde públicos ou privados, além dos estabelecimentos comunitários, como residências, creches, escolas, instituições de curta e longa permanência, ambiente de trabalho, entre outros.

Os casos identificados na busca ativa devem ser notificados e seguir com a investigação e coleta de amostras clínicas, dentro dos critérios recomendados, até sua classificação e resultado final.

Os profissionais ainda serão orientados a resgatar os registros de atendimentos dos últimos 30 dias de cada serviço de saúde, para identificar se algum caso com os sinais e sintomas da doença não foi notificado.

A vigilância laboratorial também estará mobilizada, fazendo o resgate de amostras que foram testadas para as arboviroses, como dengue, com resultados negativos. Essas amostras serão testadas novamente para sarampo e rubéola.

 

Vacinação
O Ministério da Saúde reforça ainda a importância da vacinação “para que o Brasil conquiste novamente a certificação de eliminação do sarampo”. A vacina tríplice viral, que além do sarampo, também protege contra a caxumba e rubéola, está disponível em todas as salas de vacinação do país.

Esse imunizante também faz parte da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação de 2022 que tem o objetivo de atualizar a carteirinha de vacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos. A mobilização foi prorrogada até o dia 30 de setembro em razão da baixa cobertura.

Até a última semana, apenas 35% das crianças na faixa etária de 1 ano a menores de 5 anos de idade haviam sido imunizadas contra a poliomielite. O objetivo da campanha, que inicialmente iria até o dia 9, é alcançar cobertura vacinal igual ou maior que 95% para a vacina poliomielite neste público, além de reduzir o número de não vacinados de crianças e adolescentes menores de 15 anos e aumentar as coberturas vacinais, conforme o Calendário Nacional de Vacinação.

Covid: 3,5 mil doses de Coronavac vencem no DF e são descartadas

Covid: 3,5 mil doses de Coronavac vencem no DF e são descartadas
Em 3 de agosto, a Secretaria de Saúde do DF suspendeu a vacinação de crianças de 4 anos com a Coronavac devido ao baixo estoque.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) descartou 3,5 mil doses da vacina Coronavac, que venceram na última quarta-feira (31/8). De acordo com a pasta, o imunizante contra a Covid-19 estava reservado para a segunda dose, mas não houve procura do público-alvo

Em 22 de julho, a SES-DF liberou a vacinação contra Covid-19 para todas as crianças de 4 anos. No entanto, no dia 3 de agosto, o órgão anunciou a interrupção temporária da primeira dose para os pequenos devido ao baixo estoque.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a aplicação da vacina Coronavac para crianças de 3 a 5 anos em 13 de julho. A Pfizer já tem autorização para administração em pessoas a partir de 5 anos.

Mesmo diante do fim do prazo de validade e da baixa procura pela segunda dose, as vacinas não foram remanejadas para outros públicos.

O que diz a Saúde
Por meio de nota, a Secretaria de Saúde informou que as doses descartadas foram armazenadas especialmente para atender o público de crianças e pessoas imunossuprimidas, que tomaram a primeira dose da Coronavac.

“Desde o início do processo de imunização contra a Covid-19, a Secretaria de Saúde tem atuado com responsabilidade para garantir primeira e segunda dose para todos os cidadãos. Por isso, cerca de 3,5 mil doses de Coronavac foram armazenadas e esperaram o público que tomou a primeira dose do imunizante, em especial as crianças e pessoas imunossuprimidas. Infelizmente, a população não aderiu ao apelo da SES para completar o ciclo vacinal”, manifestou-se a pasta.