Voto bolsonarista é pulverizado em Luziânia e frustra expectativa de candidatura do PL
No segundo turno das eleições para presidente Jair Bolsonaro (PL) foi o candidato mais votado para a Presidência da República em Luziânia (GO). Ele recebeu 59.686 votos, o equivalente a 60,32% do total da cidade. Já Lula (PT) foi a escolha de 39,68% dos eleitores e recebeu 39.256 votos.
Caso algum candidato a prefeito conseguisse herdar os votos eleitor de direita/bolsonarista seria o próximo prefeita da cidade. Em 2020, o Diego Sorgatto foi eleito prefeito com 48.061 votos.
O problema é que as eleições municipais possuem características do pleito para presidente e o eleitor tende a votar menos pela ideologia e mais pela proximidade que tem com os candidatos.
Nessa perspectiva, pode se afirmar que o voto do eleitor de direita foi pulverizado e distribuído entre os três candidatos que lideram a corrida pela prefeitura; Diego Sorgatto (União), Ana Lúcia (PSDB) e Waltinho (PL).
Um fator que também pode explicar esse fenômeno é a queda na popularidade de Bolsonaro entre o eleitor médio não radicalizado. Respondendo a vários processos na justiça e inelegível, o ex-presidente já não tem o mesmo poder de influenciar o eleitor como antes.
Em São Paulo, por exemplo, o candidato a prefeito Pablo Marçal tem tirado o sono de Bolsonaro ao conquistar o voto da direita mesmo sem o apoio do ex-presidente.
Já em Luziânia, o candidato bolsonarista está na terceira posição nas pesquisas de intenção de votos, na lógica, deveria estar em primeiro. Fato se repete em outras cidades do entorno e também na capital Goiânia, onde Fred Rodrigues (PL) está na quarta posição e não deve ir para o segundo turno.
Claro que o eleitor extremista vota em quem o capitão mandar, mas esses não são suficientes para eleger “postes”, como fez Lula quando tirou Dilma Roussef da cartola e a elegeu presidente.