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Raquel Lyra critica comando nacional do PSDB e diz que partido se apequenou

Raquel Lyra critica comando nacional do PSDB e diz que partido se apequenou

_Governadora de Pernambuco avalia que o partido, hoje comandado por Marconi Perillo, precisa se reencontrar. Legenda, que já governou o país por dois mandatos, hoje tem apenas 13 cadeiras na Câmara dos Deputados e um único representante no Senado Federal_

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, do PSDB, numa crítica direta ao comando nacional da sigla, hoje a cargo do ex-governador de Goiás Marconi Perillo, disse que o partido se apequenou e que “precisa se reencontrar com sua história e seus valores”, caso queira continuar existindo. A declaração foi dada ao jornal Folha de São Paulo e expressa o descontentamento da tucana com a direção da sua legenda.

“O PSDB é um partido de história e entregas para o país, mas foi ficando pequeno ao longo do tempo e isso revela que algo está errado. O que precisamos fazer, o que o PSDB precisa fazer, é se reencontrar com a sua história e seus valores. A gente precisa ter partidos e instituições fortes que possam enfrentar o jogo democrático”, frisou.

Raquel Lyra é um dos principais quadros da legenda e ocupa uma das três cadeiras de governadores que a sigla detém entre as 27 unidades federativas do país. No Congresso, o partido de Perillo ocupa 13 cadeiras na Câmara e apenas uma no Senado Federal, números que reduzem o tucanato à condição de partido nanico.

Partido que por anos se destacou na política brasileira, especialmente durante os mandatos de Fernando Henrique Cardoso, o PSDB nacional vive um momento de declínio acentuado sob a liderança de Marconi Perillo. Nas eleições municipais deste ano, o partido perdeu quase metade das prefeituras que administrava, caindo de 535 para apenas 272 prefeitos eleitos em todo o Brasil. Esse resultado é um reflexo direto da crise de identidade e da desconexão que o PSDB enfrenta com a base eleitoral, resultante de uma série de decisões questionáveis e da falta de renovação em sua proposta política.

Em Goiás não é diferente. O partido que governou o estado por quatro mandatos elegeu apenas sete prefeitos nas últimas eleições municipais, um fiasco se comparado com o União Brasil, do governador Ronaldo Caiado, que conquistou 94 prefeituras, ou com o MDB, do vice Daniel Vilela, que elegeu 47 prefeitos em 2024.

A tentativa do tucano goiano de reinventar o PSDB não obteve os resultados esperados. A liderança do partido, que deveria servir como um farol em tempos de incerteza, acaba por ser um peso, perpetuando um ciclo de estagnação e descontentamento, avaliam correligionários, que já preveem a extinção da sigla. Sem uma mudança radical em sua abordagem e na forma como se comunica com a sociedade, o futuro do PSDB se torna cada vez mais incerto, e a busca por uma nova identidade política se revela uma tarefa complexa e desafiadora.

De acordo com o próprio Marconi, a única saída para o PSDB é o caminho aventado por seus parlamentares e outros integrantes da sigla – fusão ou federação -, caso contrário o partido vai morrer. “Os partidos que têm hoje menos de 20 deputados federais terão necessariamente que se juntar em federação ou fusão, porque se não vão morrer”, frisa, já temendo entrar para a história como o “coveiro” da legenda.

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