Segundo a PF, o auxílio-reclusão foi solicitado sem os documentos necessários e com data retroativa, gerando pagamento dos últimos 5 anos
A Polícia Federal (PF) cumpriu, na manhã desta terça-feira (10/10), seis mandados de busca e apreensão no Distrito Federal relacionados a uma investigação que apura a reativação fraudulenta de benefício previdenciário de auxílio-reclusão. Os mandados foram expedidos pela 10ª Vara Federal Criminal do DF.
A ação é um desdobramento de uma prisão em flagrante, realizada em 16 de maio de 2023 pela Força Tarefa Previdenciária. Na ocasião, duas pessoas foram presas tentando sacar cerca de R$ 82 mil.
Os levantamentos efetuados a partir do cruzamento de informações indicaram que o auxílio-reclusão foi solicitado sem os documentos necessários e com data retroativa, gerando pagamento dos últimos cinco anos.
Há indícios de uso indevido de matrículas e senhas de servidores do INSS, possivelmente por meio de ações de hackers, para reativações de benefícios sem o devido processo administrativo.
Com o aprofundamento das investigações, apurou-se que o grupo realizou a reativação de outros dois benefícios, que geraram pagamentos de aproximadamente R$ 126 mil e R$ 79 mil, totalizado um possível prejuízo de mais de R$ 288 mil. Os elementos indicam que os envolvidos planejavam fazer outras fraudes.
Em atuação há 22 anos, a Força-Tarefa Previdenciária é integrada pelo Ministério da Previdência Social, pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, que atuam em conjunto no combate eficaz de crimes estruturados contra o sistema previdenciário.