Com o inquérito finalizado, Jefferson José da Silva responderá por homicídio qualificado. Defesa do militar discorda da conclusão da PCGO
A Polícia Civil de Goiás (PCGO) concluiu o inquérito que apurou a morte do soldado da Polícia Militar de Goiás (PMGO) Diego Santos Purcina, e indiciou o primeiro sargento da PM do Distrito Federal (PMDF) Jefferson José da Silva por homicídio qualificado. Conforme informado pela corporação, o documento foi remetido ao Poder Judiciário goiano.
Diego morreu após ser atingido por um único disparo no peito. O crime ocorreu durante uma briga generalizada em um bar do Novo Gama, Entorno do DF, na noite de 2 de fevereiro. Na data, Jefferson foi detido em flagrante. Na delegacia, o militar, que permanece preso até julgamento, alegou legítima defesa.
Procurada, a defesa do sargento diz que “não há como concordar” com o inquérito ou com “os argumentos apresentados pela autoridade policial”. “O vídeo extraído do sistema de monitoramento é claro no sentido de que Jefferson reagiu, dentro dos limites juridicamente admitidos, à agressão injusta, razão pela qual fica muito claro a legitima defesa”, declarou a advogada Kelly Moreira, que representa o militar.
“Estranha-se, ainda, o posicionamento da autoridade policial em não reconhecer a legitima defesa, pois as declarações contraditórias das testemunhas envolvidas na briga não podem afastar o que as imagens mostram”, concluiu.
Câmeras de segurança do bar registraram o momento em que a briga generalizada começa. Durante o tumulto, o primeiro-sargento da PMDF Jefferson é visto disparando contra o policial de Goiás, o soldado Diego Santos Purcina, que cai logo em seguida. Nas imagens, também é possível ver uma arma na cintura da vítima. O policial do DF foi preso em flagrante por homicídio qualificado por motivo fútil.
a confusão começou quando uma mulher, supostamente embriagada, esbarrou em ocupantes da outra mesa, onde estava o militar do DF.
Em nota, a PMDF informou que “lamenta pelo o ocorrido e se solidariza com a PMGO e com todos os familiares”. A corporação acrescentou que vai apurar o fatos, dentro de suas atribuições.