Uma mulher de 51 anos procurou a Polícia Civil para depor em um caso de violência doméstica contra a ex-companheira, em Itumbiara, na região sul de Goiás
Durante o depoimento, ela mostrou conversas que poderiam ser utilizadas como provas na investigação. Porém, foi neste momento que acabou presa em flagrante por receptação. Isso porque uma escrivã reconheceu o aparelho celular da mulher como sendo o mesmo furtado na delegacia semanas atrás.
A reportagem não teve acesso ao nome da suspeita. Por esse motivo, não conseguiu localizar sua defesa para que se manifestasse sobre o ocorrido.
O caso aconteceu na terça-feira (30). O delegado do caso, Anderson Pelágio, explica que o celular em questão havia sido apreendido durante uma operação de outro crime. Mas, há algumas semanas, a equipe havia notado seu sumiço.
“Temos vários objetos que são apreendidos em procedimentos criminais e que são encaminhados para o Poder Judiciário. Enquanto eles não são recebidos, ficam depositados na delegacia. Há aproximadamente três semanas um escrivão responsável por esse aparelho notou o desaparecimento dele. Todos os servidores estavam procurando o objeto”, detalhou o delegado.
A mulher é investigada em um caso complexo de violência doméstica junto com sua ex-companheira. Segundo a polícia, há evidências de que ameaças e outros tipos de violência fossem recíprocas entre as duas.
Na manhã do flagrante, a investigada foi até a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) para denunciar que estava sendo ameaçada pela ex-companheira por meio de mensagens de texto. Segundo a polícia, a escrivã solicitou o aparelho celular da mulher para analisar as provas apresentadas por ela. Foi neste momento, que reconheceu o telefone como sendo o mesmo que havia sido furtado.
Questionada, a suspeita negou ter furtado o aparelho. Mas admitiu que o havia adquirido em uma feira com um homem desconhecido, por R$ 100.
A polícia conseguiu comprovar que o aparelho, de fato, era o mesmo furtado da delegacia. Com isso, autuou a mulher em flagrante pelo crime de receptação. A suspeita ficará à disposição do Poder Judiciário na cadeia pública de Itumbiara.