Tempo: DF registra tempestade de poeira neste domingo (20/8)
O registro enviado para o Correio mostra a nuvem de poeira próximo a região do Lago Sul. Ainda neste domingo (20/8), o Inmet registrou o dia mais quente do ano até então, com 33,1°C
No dia mais quente do ano, até então, os brasilienses notaram algo diferente no céu do Distrito Federal. Em imagens enviadas ao Correio, é possível ver uma tempestade de poeira sobre o Lago Paranoá no fim de tarde deste domingo (20/8). Segundo os relatos de quem passava pela região do Lago Sul, também havia cheiro de chuva.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), trata-se de uma camada de poeira. “É material particulado em suspensão. Isso é devido justamente por estarmos em um período muito quente e seco e o solo reflete isso com qualquer vento”, destaca a meteorologista Andrea Ramos.
A especialista explica que o DF registrou ventos de fraco a moderado neste domingo. “Na parte da tarde, quase todas as nossas estações registraram rajadas, que são aqueles ventos acima dos 40km/h. Quando tem esse vento, faz com que haja uma suspensão desse material particulado e que fique com essa névoa seca mesmo”, ressalta.
Outro motivo para a ocorrência da camada de poeira no céu da capital é o forte aquecimento. “Estamos com essas temperaturas altas há vários dias. É uma coisa que estamos observando do El Niño: o calor. Ele caracteriza-se ventos fortes e rajadas e com isso fica toda essa poeira em suspensão”, avalia Andrea. Na tarde deste domingo, o DF registrou o dia mais quente do ano, até então, com 33,1°C.
Chuvas
A respeito da possibilidade de chuvas na capital, a meteorologista enfatiza que há chances de que ocorra de forma isolada entre este domingo e segunda-feira (21/8). “A frente fria já passou pelo DF. Ela esteve pela região ontem (sábado) e proporcionou uma nebulosidade. Hoje (domingo), a atuação é mais de um cavado, que é uma área alongada de baixa pressão e com isso vem esse corredor de vento”, explica a especialista.
Apesar da previsão de chuvas para o DF, Andrea ressalta a atenção ao tempo seco e quente. “Todo esse conjunto de temperatura alta por vários dias e baixa umidade faz com que o solo fique seco e, qualquer vento, faz com que haja essa suspensão, proporcionando esse ambiente desagradável”, enfatiza.
O DF está há 64 dias sem registros de chuvas nas estações de Brasília, Gama e Paranoá. Na região de Brazlândia, a última ocorrência foi há 99 dias.