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Câmara aprova texto-base da reforma do Imposto de Renda

Câmara aprova texto-base da reforma do Imposto de Renda

Substitutivo do relator Celso Sabino (PSDB/PA) foi aprovado por 398 votos a 77, e destaques devem ser votados nesta quinta-feira (2/9)

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (1º/9), por 398 votos a 77, o texto-base do projeto que altera o Imposto de Renda. Durante todo o dia, os parlamentares discutiram a proposta (PL nº 2.337/21), e a votação ocorreu após o relator da matéria, deputado Celso Sabino (PSDB/PA), acatar as mudanças propostas pelo governo e apresentadas pelo presidente da Câmara, Arthur Lira. O substitutivo ainda poderá ser alterado por meio de destaques, que serão votados nesta quinta-feira (2/9), às 10h.

Um desses destaques é a emenda dos partidos de base do governo que propõe a redução de 20% para 15% no imposto sobre dividendos. O substitutivo propõe a criação do imposto de 20%, que será cobrado sobre a distribuição de lucro aos acionistas das empresas. O imposto não incide sobre micro e pequenas empresas com faturamento de até R$4,8 milhões ao ano.

Além da tributação de dividendos, o texto-base aprovado reduz o Imposto de Renda para Pessoa Jurídica (IRPJ), dos atuais 25% para 18%. Inicialmente, a proposta previa redução para 12,5%. Os parlamentares também aprovaram um corte de 1,5% na Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), cobrada sobre o lucro das empresas, que passará de 9% a 7,5%. O peso do imposto total cobrado sobre o lucro das empresas diminuiu de 34% para 25,5%.

Com a resistência dos partidos da base do governo (como PSD, PSDB, DEM e Novo) à reforma do IR, Arthur Lira investiu na articulação com o Partido dos Trabalhadores (PT). O apoio dos partidos de oposição foi decisivo para a aprovação da matéria, com as modificações pretendidas.

O deputado José Guimarães (PT-CE), defendeu a reforma, sobretudo a taxação dos dividendos das empresas que, segundo ele, é uma bandeira histórica do partido. “Essa é a questão central para nós. Queríamos uma alíquota progressiva, mas não temos maioria para isso, então vamos trabalhar para aprovar os 20%”, disse o parlamentar, antes da votação. A taxa de 20% sobre lucros e dividendos aprovada era um dos pontos contestados pelos partidos de oposição, que tentaram reduzir o imposto para 15%, por meio de emenda.

De acordo com Celso Sabino, a reforma beneficiará cerca de 16 milhões de brasileiros contribuintes que ficarão isentos da tributação do Imposto de Renda para Pessoa Física (IRPF). Além disso, o deputado afirmou que outros milhões terão redução significativa no IR. “A correção na faixa de isenção da tabela do Imposto de Renda será a maior desde o Plano Real”, informou Sabino. “Não haverá uma só empresa ou pessoa que não seja beneficiada por essa reforma”, completou.

 

Agenda política e inflação podem impactar o mercado nesta semana

Agenda política e inflação podem impactar o mercado nesta semana

EXCLUSIVO PARA ASSINANTES

Carol Paiffer

Colaboração para o UOL, em São Paulo

30/08/2021 04h00

Confira no Café com Mercado, do UOL, seis assuntos que podem afetar o mercado nesta semana e nesta segunda (30). Também há uma ação para ficar de olho.

1) Reforma tributária – A Proposta de Emenda à Constituição que propõe uma reforma tributária ampla, e que está em avaliação no Senado, deve andar nesta semana. O relator da PEC, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), afirmou que deve entregar seu relatório nesta semana

Por outro lado, o projeto que muda as regras do Imposto de Renda está parado na Câmara. O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), chegou a dizer que a proposta subiu no telhado e já há parlamentares que afirmam que o projeto não deve ser mais votado, como é o caso do presidente da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo, Alexis Fonteyne (Novo-SP). Essa novela deve ter novos capítulos nesta semana e deve estar no radar dos investidores….

Evento regional do PSDB em Valparaíso liderado por Leda Borges, Flávio Canedo pedi união da oposição em Goiás

*Lêda Borges reúne líderes políticos de mais de 20 cidades goianas para iniciar debates sobre as eleições de 2022*

Postado em 29/08/2021 às 23h06

Por População Ativa

A deputada estadual Lêda Borges (PSDB) reuniu líderes políticos de mais de 20 cidades goianas para iniciar debates sobre as eleições de 2022. O objetivo, segundo a parlamentar, foi buscar soluções e iniciar a construção de um projeto para apresentar uma alternativa séria e responsável para o Governo de Goiás, no próximo ano. Denominado 1º Encontro Regional de Líderes.

Em uma reunião da cúpula do PSDB de Goiás que ocorreu,na tarde desta sábado (28), em Valparaíso(GO), o ex-governador Marconi Perillo disse que não descarta que poderá ser candidato a deputado federal pelo partido em 2022, ou quem sabe ao governo do Estado ele disse que as cartas estão sobre a mesa.

Organizado pela parlamentar, o encontro contou com a presença de figuras políticas de diversos partidos. Ex-prefeitos, vereadores e outras lideranças políticas da região do Entorno compareceram ao evento.

Os nomes que podem ser cogitados  a candidato ao governo estadual também foi sacramentado e o escolhido a dedo pelo é presidente do partido no Estado. Estavam presentes os deputados estaduais Lêda Borges, Talles Barreto, Hélio de Sousa e Gustavo Sebba. Entre os convidados estavam os ex-governadores Marconi Perillo e José Eliton, a deputada federal Magda Mofatto, o presidente do PL, Flávio Canedo .

A tendência é que o PSDB apresente o ex-governador José Eliton para presidente do partido e, posteriormente, como pré-candidato a governador.
Mas líderes do partido sugerem, nos bastidores, que José Eliton não é um postulante consistente. Por isso, avaliam que o candidato ideal é Marconi Perillo.
Nos bastidores se fala muito que Marconi quer  disputar mandato de governador ou de senador, numa composição com outros partidos.

Em entrevista à rádio Metropolitana do Entorno Sul de Brasília,  no programa Momento do Povo com radialista Hélio Porto  103.5 FM,  na manhã desta quarta-feira, o ex-gestor do Estado pelo seu partido (PSDB ), em Goiás por 4 mandatos, Marconi  afirma acreditar a possibilidade de disputar as eleições em 2022, mas não se arrisca a dizer a que cargo ele vai concorrer. “Ao afirma que esta decisão será de foro pessoal e o que o PSDB, por respeitar e reconhecer a importância de cada um, vou  acatá-la seja qual for, e principalmente do povo”.

O presidente estadual do PL, Flávio Canedo, e a deputada federal Magda Mofatto anunciaram neste sábado (28) que o partido fará composição com a candidatura do PSDB ao governo de Goiás nas eleições de 2022.
A aliança foi sinalizada durante encontro regional dos tucanos em Valparaíso, no Entorno do Distrito Federal. Na ocasião, os representantes do PL também pediu que o ex-governador Marconi Perillo lidere a construção de uma aliança de legendas de oposição no estado.

“É um encontro político da esperança. Todos nós sabemos que as campanhas estão próximas e a gente quer mudança, quer melhorias para todos. Para isto, a gente trabalha. E o nosso encontro hoje é de perspectivas, de futuro e esperança”, afirmou a deputada federal Magda Mofatto.
Flávio Canedo garantiu o apoio do PL e pediu a união da oposição. “Queria fazer um pedido para Marconi: una a oposição em Goiás. Intensifique este trabalho que estamos começando hoje. Conversar com o PP, com o Patriotas, com o Republicanos. Uma união dos partidos em prol de Goiás, em prol do desenvolvimento do estado”.

Finalizando a parlamentar que promoveu o evento Regional fala   “Agradeço a participação de ex-prefeitos, vereadores, dirigentes partidários, lideranças religiosas e comunitárias que estiveram conosco. Começamos a discutir a nossa região, o nosso Estado e os destinos dele para o ano que vem. Esse é um movimento suprapartidário e não compactuaremos com um governo insensível e de falácias”, disse Lêda Borges.

Crise hídrica deve manter inflação em alta e frear atividade econômica

 

Além de pesar no bolso do consumidor, alta das contas de luz aumenta os custos de todos os setores da economia e pode tirar 2 pontos do PIB. Programa de estímulo à redução voluntária do consumo, lançado pelo governo, não afasta risco de racionamento

A pior seca no país em 91 anos, que esvaziou os reservatórios das hidrelétricas, tem ficado cara para indústrias, comércio e consumidores — e a situação deve piorar. O aumento das tarifas e a necessidade de reduzir o consumo de energia, para que o sistema elétrico não entre em colapso, devem manter a inflação em patamar elevado e frear a atividade econômica. O economista Gabriel Leal de Barros, da RPS Capital, calcula que, se não chover o suficiente no período úmido, que vai de outubro a abril, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve se manter na casa dos 8% neste ano e no próximo, e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) pode ter uma perda de até dois pontos percentuais em 2022. Como a previsão do mercado para o PIB do próximo ano é de 2%, o país pode cair na estagnação.

A pior seca no país em 91 anos, que esvaziou os reservatórios das hidrelétricas, tem ficado cara para indústrias, comércio e consumidores — e a situação deve piorar. O aumento das tarifas e a necessidade de reduzir o consumo de energia, para que o sistema elétrico não entre em colapso, devem manter a inflação em patamar elevado e frear a atividade econômica. O economista Gabriel Leal de Barros, da RPS Capital, calcula que, se não chover o suficiente no período úmido, que vai de outubro a abril, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve se manter na casa dos 8% neste ano e no próximo, e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) pode ter uma perda de até dois pontos percentuais em 2022. Como a previsão do mercado para o PIB do próximo ano é de 2%, o país pode cair na estagnação.

cenário é delicado. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê que, até novembro, os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que respondem por 70% da geração de energia do país, deverão chegar a 10% da sua capacidade. Hoje, as hidrelétricas já operam em nível baixíssimo, com 22,5% da capacidade de armazenamento. O índice é inferior aos 23,4% registrados no mesmo período de 2001, quando o Brasil enfrentou a “crise do apagão”.

Nesta semana, ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou que haverá um novo reajuste das tarifas em setembro. “Não adianta ficar sentado chorando. Temos de enfrentar a crise. Vamos ter de subir a bandeira, a bandeira vai subir”, disse ele, em referência ao valor da bandeira vermelha patamar 2, taxa extra aplicada atualmente na conta de energia. O novo reajuste será decidido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na próxima terça-feira, e a tendência é que fique entre 50% e 58%. A bandeira vermelha 2 foi reajustada em 52% há dois meses, passando de R$ 6,24 a R$ 9,49 para cada 100 kWh consumidos. Com o novo aumento, o valor será de, no mínimo, R$ 14.

Para Gabriel Leal de Barros, o aumento da sobretaxa é a única alternativa a curto prazo. “Nossa dependência de hidrelétricas ainda é de quase 70%. Quando tem uma crise hídrica muito forte, a tarifa precisa subir para evitar que as distribuidoras de energia sofram um grande desequilíbrio financeiro”, explica.

Déficit

Esse desequilíbrio ocorre porque, com as hidrelétricas operando em baixa, o governo demanda mais energia das usinas termelétricas, que é mais cara. “O megawatt produzido em uma usina movida a carvão custa o dobro do gerado por uma hidrelétrica. Se for uma termelétrica movida a gás, o custo é quatro vezes maior”, pontua o economista sênior da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Fabio Bentes.

 

alta das tarifas, explica Bentes, gera um efeito cascata em toda a economia — e pode desacelerar o setor de comércio. “A energia elétrica é um item insubstituível e utilizado em todos os setores do comércio e da indústria. (O aumento) vai pressionar o orçamento das famílias e prejudicar o comércio, porque o setor não vai conseguir segurar o reajuste sem repassar uma fatia um pouco maior do que a usual para os preços”, afirma.

“Além de ter um peso grande no orçamento familiar, a energia é usada para praticamente tudo. Metade do custo da produção de leite é energia elétrica. No cimento, 25% é energia”, exemplifica o economista.

Governo não agiu a tempo

“Faltou planejamento para uma situação que já estava anunciada desde o final do ano passado”, afirma o economista Fábio Bentes, da Comfederação Nacional do Comércio (CNC), sobre a crise hídrica de 2021. Para ele, o governo esperou o “incêndio” se alastrar para, só então, adotar medidas de racionamento voluntário realmente eficazes.

“A gente está tendo que tomar esse tipo de medida para tentar apagar o incêndio, quando poderia ter evitado o incêndio, pelo menos nas proporções que a gente está vendo. Esses estímulos de uso mais racional da energia poderiam ter sido pensados no fim do ano passado, quando a economia vinha fraca e a demanda por energia havia caído. Poderia ter poupado reservatório para o momento da retomada econômica, que é o atual”, critica o representante do comércio.

Ele explica que o risco de seca nesta época do ano é algo anunciado há várias décadas, e que nenhum governo, até o momento, olhou para uma solução a longo prazo realmente eficaz. “Existe uma diversificação de fontes de energia e a gente vê mais investimento em termelétricas do que em energia eólica e solar, embora essas energias tenham crescido. A gente fez a opção mais cara, termelétricas, onde o Brasil tem que importar insumos como o gás, que é caríssimo”, pontua Bentes.

Fontes sustentáveis

Para o economista da CNC, é preciso combater o problema por meio das energias sustentáveis. “Ou a gente aproveita fontes que a gente tem em abundância, como luz do sol e energia eólica, ou vai ficar refém de pressões da inflação nos próximos anos, porque é bom lembrar que os insumos importados também estão sujeitos a oscilações da taxa de câmbio”, alerta.

A pesquisadora Ana Carolina Chaves, do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), explica que, embora o país esteja bem posicionado em relação à matriz energética renovável, ainda há injustiça relacionada ao acesso, geração e distribuição de energia. “Existem desigualdades nesse campo. Há muitas diferenças socioeconômicas entre os estados, sendo que alguns deles oferecem incentivos fiscais para fontes de energia selecionadas”, afirma.

Atualmente, a energia solar representa 1% da matriz energética brasileira, enquanto a eólica tem uma fatia de 8,6% utilizada em grande maioria pelo setor agrícola. As hidrelétricas ainda correspondem a 64,9% da energia gerada. Já as termelétricas a óleo, a carvão, a gás ou nuclear correspondem a 13,8%, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). (FF)

Bolsonaro critica ato de indígenas com queima de caixão em frente ao Planalto

Bolsonaro critica ato de indígenas com queima de caixão em frente ao Planalto

Em protesto contra o marco temporal, um grupo ateou fogo em um caixão preto de papelão com dizeres de “marco temporal, não”, “fora garimpo”, “fora grilagem”, além de menções a projetos considerados retrocesso aos índios

 

O presidente Jair Bolsonaro criticou, nesta sexta-feira (27/08), um ato indígena ocorrido em frente ao Palácio do Planalto. Em protesto contra o marco temporal, por volta das 11h30, um grupo ateou fogo em um caixão preto de papelão com dizeres de “marco temporal, não”, “fora garimpo”, “fora grilagem”, além de menções a projetos considerados retrocesso aos índios, dando origem a uma densa fumaça preta. O Corpo de Bombeiros apagou as chamas. Bolsonaro, no entanto, está fora de Brasília e desembarcou em Goiânia, onde participou do Comando de Operações Especiais.

 

“Este tipo de gente quer voltar ao Poder com ajuda daqueles que censuram, prendem e atacam os defensores da liberdade e da CF. No momento me encontro no Comando de Operações Especiais em Goiânia/GO”, escreveu junto ao vídeo postado.

O filho do mandatário, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), também respondeu à publicação do pai. “Haverá inquérito para mais este absurdo? Depois da esquerda, com políticos e conhecidos incentivarem, fatos vistos por todos, com depredações de bens públicos e privados e nada acontecer, fica mais essa questão”.

Pela segunda vez, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu adiar o julgamento da tese que trata sobre a demarcação de terras indígenas. A Corte começou a julgar o caso ontem, mas a sessão foi suspensa e adiada para a próxima quarta-feira (1º/9).

Seis mil indígenas de mais de 170 povos protestam desde o último dia 24 em Brasília contra o marco temporal. Os grupos ocuparam a Esplanada dos Ministérios e estão acampados no local desde o final de semana. Eles também seguem em vigília em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Protestos em 7 de setembro: Congresso e STF pedem reforço na segurança

Protestos em 7 de setembro: Congresso e STF pedem reforço na segurança

Senado, Câmara e Supremo solicitam ao GDF medidas para evitar eventuais protestos violentos na Esplanada no 7 de Setembro. Apoiadores de Bolsonaro, inclusive PMs, têm convocado manifestações contra o Parlamento e a Corte

As manifestações marcadas para o 7 de Setembro entraram no radar das secretarias estaduais de segurança pública e do Congresso. Isso porque são esperados atos a favor e contra o presidente Jair Bolsonaro na maioria dos estados. Ontem, líderes de oposição na Câmara assinaram um requerimento para convocar o ministro da Justiça, Anderson Torres, a explicar as medidas tomadas pela pasta para evitar ataques contra instituições no feriado.

 

Com temor de protestos violentos, Senado, Câmara e o Supremo Tribunal Federal (STF) pediram ao governo do Distrito Federal um reforço na segurança da Esplanada dos Ministérios. Fontes ouvidas pelo Correio afirmam que, apesar de ainda não existir um planejamento especial, os militares estão preparados para conter qualquer possível ação violenta. A principal preocupação é com a presença de radicais bolsonaristas, incluindo policiais militares.

O governador Ibaneis Rocha (MDB) decretou ponto facultativo às vésperas do feriado para evitar aglomerações e confusão. A reportagem questionou o chefe do Executivo local sobre outras estratégias para evitar conflitos e sobre os riscos de manifestações antagônicas. Ele afirmou que “manterá a segurança da população e dos manifestantes pacíficos”, e que o plano de contingência está sendo elaborado pela Secretaria de Segurança (SSP/DF).

Nesta semana, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afastou um coronel da Polícia Militar que convocou colegas a participar de ato pró-Bolsonaro no Dia da Independência. Por lei, a participação de PMs em atos políticos é vedada. As forças de segurança também estão atentas a vídeos publicados nas redes sociais, nos últimos dias, que incitam a população a praticar atos criminosos e violentos contra o STF e o Congresso.

Também em São Paulo, a ação Fora Bolsonaro, que reúne mais de 80 movimentos e marcou manifestações contra o presidente da República em todo o país, foi proibida de fazer protestos neste 7 de Setembro. Apesar de ter marcado os atos antes dos bolsonaristas, perdeu o direito de usar a Avenida Paulista, por uma decisão da PM. Assim, mudaram a manifestação para o Vale do Anhangabaú — palco de protestos históricos das Diretas Já, na década de 1980.

Ontem, os organizadores foram informados de que a manifestação também seria vetada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) mesmo que ocorresse em outro local. “Nós ficamos chocados com a decisão do governador, porque não compete a ele autorizar ou vetar a realização de atos ou manifestações políticas”, disse Erick Santos, diretor do Movimento Acredito. “As forças de segurança têm o dever de garantir a segurança dos manifestantes. O veto é inconstitucional. Pretendemos recorrer ao STF para garantir nosso direito.”

Questionada, a SSP paulista afirmou que “a orientação é que as manifestações sejam realizadas em datas distintas” e que “as forças policiais atuarão em ambas as datas para garantir a segurança e o direito de todos”.

Sérgio Reis

Um dos que incitaram atos violentos no 7 de Setembro, o cantor Sérgio Reis depôs, ontem, na Polícia Federal por causa das ameaças a ministros do STF e por incentivar a invasão e a depredação do prédio da Corte. O artista disse aos agentes que não teve a intenção de propagar discurso de ódio e que está arrependido.

Desde o vazamento de áudios em que conclama manifestantes bolsonaristas a entrarem no STF para “quebrar tudo e tirar os caras na marra”, Sérgio Reis tem declarado que errou e até se desculpou. À PF, acrescentou que não pretende participar do ato que está sendo organizado para o 7 de Setembro em Brasília.

O depoimento ocorreu na noite de quarta-feira. A oitiva foi feita por videoconferência, pois o cantor teve de ser internado na véspera, no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, devido a uma infecção na próstata. O quadro de saúde dele é bom.

Só dia 12

João Doria tem insistido que os atos contra Bolsonaro sejam feitos no dia 12, o que irrita os manifestantes que coordenam a campanha pelo impeachment do presidente. No dia 12, há um protesto do Movimento Brasil Livre (MBL) e pelo Vem Pra Rua, grupos de direita que migraram à oposição contra o governo.

Eleições de 2022

Na live, Bolsonaro também reconheceu caráter eleitoral do movimento do 7 de Setembro. “Muita gente vai estar falando sobre eleições. Nós queremos eleições. A eleição renova o quadro e traz esperança para todos”, destacou. Ele voltou pedir a adoção do voto impresso e com contagem pública. “Não é possível que o Datafolha diga que (Lula) tem 49% no primeiro turno, e no segundo teria 60% para ganhar de quem fosse”, disse o chefe do Executivo.

 

O presidente Jair Bolsonaro disse, ontem, que as manifestações marcadas para 7 de setembro em apoio ao governo e contra o Supremo Tribunal Federal (STF) serão pacíficas e que eventuais atos violentos só poderão ser cometidos por “gente infiltrada”. O chefe do governo afirmou, também, que, até hoje, ninguém teve coragem de fazer baderna em protestos organizados por seus apoiadores, em razão da presença de muitos policiais militares e de membros das Forças Armadas à paisana.

“Os movimentos, e o pessoal simpático a nós, e eu sou simpático a esses movimentos também, não têm violência; está sendo marcado um grande evento no dia 7 de Setembro, em que o pessoal vai pedir o quê? Liberdade, cumprimento de dispositivos constitucionais, vão pedir o óbvio. Infelizmente, alguns desses direitos têm sido feridos ultimamente, e pode ter certeza: não tem nada de violento. Se tiver, pode ter certeza, que é gente infiltrada”, frisou, na sua live semanal. “Mas, até hoje, não tiveram coragem de se infiltrar ainda, até porque tem muito agente de segurança, muito policial civil, militar, das Forças Armadas, que não vão deixar esse pessoal fazer baderna e querer nos culpar. De jeito nenhum.”

Bolsonaro afirmou que participará das manifestações em Brasília e na Avenida Paulista, em São Paulo. “Então, todos no Brasil, fiquem tranquilos. Esses movimentos, como sempre, não têm nada de violência; ninguém vai instigar, invadir alguma coisa, depredar, queimar, como a esquerda sempre fez”, ressaltou. “A gente vê os movimentos estudantis tocando fogo por aí, agredindo policiais, isso não existe nesses movimentos. E eu devo estar presente, de manhã, aqui em Brasília, às 10 horas, e às 15h30 na Paulista, em São Paulo.”

Armas

Mais cedo, em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro festejou o fato de a população ter mais acesso ao porte e à posse de arma. Ele ironizou reportagens apontando que o número de aquisição dos equipamentos tem dobrado ano após ano e rebateu dizendo esperar que “quintuplique”.

“Hoje em dia, o homem do campo está mais tranquilo. Tiramos dinheiro de ONG, conseguimos, via decreto, dar o fuzil 762 para vocês, quem é CAC (caçadores, atiradores desportivos e colecionadores). Conseguimos a posse ampliada. O elemento podia comprar a arma e usar dentro da casa na fazenda. Hoje, ele pode montar o cavalo ou pegar o jipe dele e andar na fazenda todo armado”, comemorou.

Segundo Bolsonaro, “quanto mais armado estiver o povo, melhor é para todo mundo”. “A imprensa, de novo, fazendo matéria esta semana, de que tem dobrado, ano a ano, o número de armas no Brasil. Eu quero que quintuplique”, disparou. “Quanto mais armado estiver o povo, melhor é para todo mundo, porque, enquanto a bandidagem estava armada com fuzil automático lá no Rio de Janeiro, a imprensa não falava nada, estava legal, estava bacana. Agora, quando o cidadão de bem está comprando arma, o pessoal critica.”

Levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública relativo a 2020 mostra que o Brasil vive verdadeira corrida armamentista. Com dados da Polícia Federal, em 2017, o Sistema Nacional de Armas (Sinarm) contava 637.972 registros ativos de armas. Ao fim de 2020, o número subiu para 1.279.491, ou seja, aumento de mais de 100%.

Em fevereiro, Bolsonaro alterou quatro decretos federais, com o objetivo de desburocratizar e ampliar o acesso a armas de fogo e munições no país. Em maio, durante uma manifestação, ele afirmou, sob aplausos, que está, “cada vez mais”, legalizando as armas no Brasil. (Jorge Vasconcellos e Ingrid Soares)

Prepare o bolso! Gás de cozinha vai ficar 7% mais caro a partir de setembro

Prepare o bolso! Gás de cozinha vai ficar 7% mais caro a partir de setembro

O aumento será em média de 7% e será para cobrir altas de custos decorrentes da inflação e o reajuste salarial de funcionários. Reajuste começa a valer na próxima quarta-feira (1º/9).

25/08/2021 às 13h46

O Sindicato a Empresas Transportadoras e Revendedoras de GLP do Distrito Federal (Sindvargas) informou, nesta quinta-feira (26/8), que o gás de cozinha terá reajuste a partir da próxima quarta-feira (1°/9).

De acordo com o Sinvargas, o reajuste, dessa vez, não partiu da Petrobras e sim das distribuidores. O aumento será em média de 7% e será para cobrir altas de custos decorrentes da inflação e o reajuste salarial de funcionários. “Nosso compromisso é manter nosso serviço que é de excelência prezando a qualidade, garantia e segurança ao consumidor, por isso não há como absorver qualquer tipo de reajuste”, diz o Sindicato na nota.

Em agosto, a Petrobras já tinha reajustado o valor do gás em 7%. .

Veja a nota

Nota SINDVARGAS – Sindicato da Empresas Transportadoras e Revendedoras de GLP do Distrito Federal.
Brasília, 26 de Agosto de 2021
DISTRIBUIDORAS ANUNCIAM REAJUSTE NO GÁS DE COZINHA A PARTIR DE 01 DE SETEMBRO!
Nossos associados e representados estão recebendo comunicado de mais um reajuste no gás de cozinha, aumento será em média de 7% e entrará em vigor as 0 horas do dia 01/09 (terça feira).
Esse reajuste está sendo anunciado pelas Distribuidoras engarrafadoras e causará mais um impacto nos consumidores. Nosso compromisso é manter nosso serviço que é de excelência prezando a qualidade, garantia e segurança ao consumidor, por isso não há como absorver qualquer tipo de reajuste.

Sem lucro, motoristas desistem do transporte por aplicativo

Sem lucro, motoristas desistem do transporte por aplicativo

Com o preço da gasolina nas alturas, os motoristas procuram alternativas de combustível para não saírem no prejuízo nas viagens

 

postado em 24/08/2021 07:32

 

O constante aumento no preço da gasolina, com o litro batendo na casa dos R$ 7,00 em alguns postos, tem levado um número crescente de motoristas de aplicativos a abandonar a atividade diante da forte redução dos ganhos obtidos nas corridas.

“Hoje, nosso lucro tem que ser dividido meio a meio com a gasolina. Antes eu colocava R$ 100 de gasolina no carro e fazia R$ 250, R$ 300. Agora eu boto o mesmo valor e lucro R$ 100, no máximo R$ 120”, disse Manoel Scooby, líder do Movimento dos Motoristas de Aplicativos do Distrito Federal.
Com o preço da gasolina nas alturas, os motoristas procuram alternativas de combustível para não saírem no prejuízo nas viagens. “Quem mora fora do DF está abastecendo com etanol, que é mais barato no entorno, como em Planaltina-GO, Valparaíso. Outros estão indo para o gás GNV, porém só tem um posto em Brasília vendendo esse combustível”, afirmou Manoel Scooby.
O problema não se restringe à capital. Em São Paulo, o presidente da Associação de Motoristas de Aplicativos, Eduardo Lima de Souza, afirma, com base em números da prefeitura da cidade, que 25% dos motoristas de aplicativos deixaram de trabalhar para as plataformas desde o início da pandemia.
O resultado é a queda na qualidade dos serviços para o usuário. “Dá para perceber como diminuiu o movimento. Eu tenho recebido muito mais solicitações de viagem, principalmente para lugares muito distantes de onde estou”, disse Scooby, do DF.

Amilcar Barca Teixeira é motorista de aplicativo há dois anos e já tem planos de sair do ramo. Desanimado com o alto preço da gasolina, ele iniciou curso para se tornar corretor de imóveis “Já trabalho na área de vendas, vou tentar trabalhar também nesse ramo, porque aplicativo não dá. Com a gasolina chegando a R$ 7 nesta semana eu não tenho condição de pegar uma tarifa base da Uber de R$ 4,45”, lamentou.
Para o motorista, de 33 anos, a perspectiva é de que a qualidade do serviço piore com a desistência dos profissionais. “Tudo aumentou e a tarifa dos aplicativos diminuiu. Enquanto a Uber e a 99 não reajustarem esses preços, cada vez mais vai ter cancelamento de motorista, principalmente em viagem curta.”

Janaina Paschoal diz que filhos de Bolsonaro cavaram a cova do governo

Retrato de Janaina Paschoal, Deputada Estadual de São Paulo na ALESP - Mariana Pekin/UOL

22/08/2021 16h41

A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) disse hoje que filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) “cavaram a cova” do governo do próprio pai. Ela também criticou o “radicalismo” do grupo, que, segundo ela, por várias vezes instigou “seus cães contra as mínimas divergências”.

“Amigos, sou uma pessoa transparente, faço análises técnicas e, politicamente, busco diuturnamente o melhor para meu País. Defendo a liberdade de manifestação, defendo o direito de usar instrumentos constitucionais como é o impeachment, sou crítica de várias decisões no STF“, iniciou Janaína, em seu perfil no Twitter.

 

E, a depender do cenário em 22, votarei em Bolsonaro. Mas não pensem que eu deixei de ver que os filhos do Presidente e seus Deputados aduladores, cada um a sua maneira, cavaram a cova desse governo e prejudicaram muito o meu trabalho. Não tem Rute, não tem Raquel! Acordem!”, prosseguiu.

As mensagens, em tom de desabafo, foram publicadas por Janaina —antiga aliada de Bolsonaro— após tuíte postado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), no qual que ele fala sobre a possibilidade de retorno do PT (Partido dos Trabalhadores) ao poder.

“Se PT voltar ele não será tão ‘bonzinho’ como antes. Seus líderes estão velhos e querem ver executar seu projeto de poder, sua sociedade perfeita e isso passa por calar todas as vozes contrárias colocando um nome bonitinho nestas medidas, tais como ‘regulamentar a comunicação'”, escreveu o filho do presidente Bolsonaro.

Na sequência, Janaina respondeu diretamente ao parlamentar.”Análise correta; porém, já passou da hora de vocês perceberem que o radicalismo ‘ao contrário’ elevou as chances desse indesejável retorno! Tivessem agido com alguma racionalidade, não estaríamos correndo risco! Quantas vezes instigou seus cães contra as mínimas divergências?”, questionou.

Janaina Paschoal chegou a ser cotada para concorrer como vice de Bolsonaro em 2018. Ela foi uma das autoras da ação que levou ao impeachment de Dilma Rousseff e se tornou a deputada mais votada da história do Brasil em 2018, com mais de dois milhões de votos.

Em julho de 2018, Paschoal discursou na convenção do PSL que oficializou Bolsonaro como candidato à Presidência. No mesmo evento, o general Augusto Heleno (hoje ministro do Gabinete de Segurança Institucional) fez uma paródia comparando o Centrão a um grupo de ladrões —e foi ovacionado.

 

Fonte: UOL, em São Paulo

Comissão de Meio Ambiente vai debater política climática do governo

Comissão de Meio Ambiente vai debater política climática do governo

Da Agência Senado | 18/08/2021, 16h13

A Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado promove audiência pública interativa nesta sexta-feira (20), às 10h, para avaliar a política climática do governo federal. O debate vai abordar as ações governamentais de prevenção e controle de desmatamentos e queimadas na Amazônia, Cerrado e Pantanal. A comissão busca identificar falhas ou omissões e propor recomendações.

Já confirmaram presença na audiência pública: Carlos Souza, pesquisador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon); Isabel Figueiredo, coordenadora do Programa Cerrado e Caatinga do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN); Leonardo Gomes, diretor do Instituto SOS Pantanal; Antônio Oviedo, analista do Instituto Socioambiental (ISA); e Suely Araujo, especialista do Observatório do Clima.

Também foram convidadas Rachel Biderman, co-facilitadora da Coalizão Brasil, Clima, Florestas e Agricultura e Sonia Guajajara, líder Indígena e uma das dirigentes da Articulação dos Povos Indígenas (Apib).

A audiência pública é aberta à participação de todos por meio do portal do Programa e-Cidadania (veja como abaixo) ou pelo telefone 0800 061 22 11.

Esta audiência pública foi requerida pela senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA).

“As audiências públicas foram organizadas de maneira que sociedade civil, academia, empresas e governo se debruçarão sobre o tema principal a fim de identificar pontos positivos e negativos, falhas de gestão, lacunas legislativas e, ao final, prestar contribuições para o aprimoramento das políticas climática e de prevenção e controle do desmatamento no país”, afirma a senadora na justificação do requerimento (REQ 28/2021).

Fonte: Agência Senado