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Operação cumpre mandado de busca e apreensão na casa do secretário estadual de Saúde Ismael Alexandrino, em Goiânia

O secretário de Saúde de GO é alvo de buscas da PCDF e do MP

Operação investiga contratos supostamente superfaturados entre o instituto Iges-DF e empresas de radiologia e imagem, em 2018. Agentes apreenderam um pen drive na casa do secretário.

Por População Ativa

26/08/2021 às 14h42

O atual secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino (foto principal), é um dos alvos da Operação Medusa, deflagrada pelo Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor), da PCDF, em conjunto com o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT), na manhã desta quinta-feira (26/8). Alexandrino presidiu o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) na gestão do ex-governador Rodrigo Rollemberg (DF) em 2018. Os contratos firmados durante o governo de Rollemberg é que são investigados.

A ação, que ocorre simultaneamente em Brasília e Goiânia, visa desarticular grupo criminoso acusado de fraude em contratações feitas pelo Iges-DF, em 2018, na área de prestação de serviços de radiologia e imagem.

 

“Minha esposa me informou que houve uma visita da Polícia Civil e fizeram algumas perguntas, averiguaram documentos, mas levaram apenas um pen drive, que pode ter conteúdo de aulas que eu dou”, disse o secretário.

Alexandrino disse que foi o último diretor do Hospital de Base antes de a administração se tornar o instituo Iges-DF. “Até onde eu sei, porque não tive acesso ainda aos documentos, a suspeita foi na gestão atual. Estão avaliando contratos do GDF com o instituto”, explicou.

“Vou colaborar com tranquilidade com a investigação, mesmo porque todos os meus atos, à época, foram dentro da lei”, pontuou o secretário.

Investigação
De acordo com a Polícia Civil, as investigações demonstram que “diversos contratos” apresentaram problemas nos “elementos técnicos dos atos convocatórios”. Ainda segundo a apuração, o contrato não especificava o que seria fornecido de serviços ao instituto.

Além disso, a apuração também identificou que as contratações ignoravam “por completo o princípio da economicidade”.
Os policiais analisaram que houve gastos superiores aos que poderiam ter sido feitos, além de haver suspeita de direcionamento do processo seletivo à empresa que foi contratada e “conluio entre empresas para se revezarem nas contratações”.

A Polícia Civil informou ainda que os mandados são cumpridos na casa de servidores do Iges-DF que atuaram na contratação e em endereços vinculados a empresas envolvidas no suposto esquema.

Segundo a investigação, apesar do Iges-DF não estar sujeito à “estrita observância da Lei Geral de Licitações e Contratos”, ele recebe recursos públicos. Por isso, a entidade deve cumprir “princípios gerais que norteiam a execução da despesa pública”.

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