Grupo que fazia excursão religiosa no país foi repatriado pelo governo federal. Brasileiros desembarcaram na capital na madrugada desta quarta-feira (11).
Um grupo de moradores do Distrito Federal que estava em Israel para uma excursão religiosa desembarcou em Brasília na madrugada desta quarta-feira (11). Um misto de alívio, emoção e solidariedade pela guerra no Oriente Médio marcou a chegada dos brasilienses.
O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) trouxe o primeiro grupo de brasileiros que estava em Israel. A aeronave KC-30 deixou Israel com 211 passageiros. A GloboNews apurou que o governo deu prioridade a famílias com crianças, idosos, pessoas com deficiência ou enfermos.
Aposentado, Maurílio Figueiredo, que mora na Asa Norte, fazia parte do grupo e foi um dos primeiros a pousar na capital. Ele conta que soube da guerra apenas quando chegou em Jerusalém.
“Quando nós chegamos em Jerusalém, às 18h, é que soubemos que estava ocorrendo a guerra. Em seguida, as autoridades falaram para a gente ficar dentro do hotel. Não se expor, né?”, diz.
O homem afirma que se sentiu abandonado pelas companhias áreas, que cancelaram todos os voos. “Foi gratificante a ação do governo de repatriar imediatamente a gente”, conta Maurílio.
A funcionária pública Jacinta Figueiredo, que também mora na Asa Norte, diz que começou a desconfiar que algo estava acontecendo pelo aspecto do guia turístico. “A gente sentiu que ele não estava mais a mesma pessoa”, diz.
De acordo com a mulher, o grupo religioso precisou ficar no hotel durante três dias, mas que todos estavam bem acomodados. “A gente não sentiu medo. A única preocupação era os nossos filhos aqui [no Brasil]”, diz.
“Sempre que tinha um alarme, a gente descia para o porão. Lá, a gente rezava a missa, subia e fazíamos a refeição”, afirma.
Moradora do Riacho Fundo, Marlene Silva, que também fazia parte do grupo religioso, afirmou que precisou ficar em um bunker “algumas vezes”. De acordo com ela, a viagem foi interrompida na metade.
“Meu maior medo era de ficar presa lá”, conta.
Segundo a mulher, uma das partes mais complicadas foi lidar com a ansiedade dos familiares. “Todo mundo estava muito preocupada e eu tentava acalmar”, diz Marlene.