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Prévia do PIB fecha 2022 com alta de 2,9% e mostra desaceleração

Prévia do PIB fecha 2022 com alta de 2,9% e mostra desaceleração

O indicador veio acima do esperado apenas em dezembro, apresentando alta de 0,29% no confronto com novembro

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou crescimento de 2,9% em 2022. Apesar do resultado positivo, o ritmo de alta mostrou desaceleração em relação ao ano anterior, quando houve uma expansão de 4,68%.

O indicador veio acima do esperado apenas em dezembro, apresentando alta de 0,29% no confronto com novembro. Na comparação entre os meses de dezembro de 2022 e de 2021, houve crescimento de 1,42%. Ainda assim, o IBC-Br terminou o quarto trimestre do ano com queda de 1,46% sobre os três meses anteriores.

De acordo com economistas do Banco Original, o avanço do IBC-Br em dezembro foi sustentado, principalmente, pela alta de 3,1% do setor de serviços, que se beneficiou dos efeitos da Copa do Mundo e da BlackFriday sobre os subsetores de alojamento e alimentação, transporte de passageiros e atividade turística. A alta, no entanto, acabou sendo amenizada pela performance negativa da indústria extrativa e do varejo restrito.

Para o economista Fábio Tadeu Araújo, o resultado do ano foi bom. “Veio em uma linha com o que se imaginava nos últimos dois a três meses. Tanto o boletim Focus quanto o indicador de antecedência criado pelo BC já vinham apontando que o PIB cresceria em 2022 muito mais do que o 0,5% que o mercado esperava no início do ano”, afirmou.

“Isso gerou uma queda importante da taxa de desemprego, que está perto de cair abaixo de 8%, o que não acontece há mais de 10 anos. Graças a isso também, nos últimos quatro a cinco meses do ano passado, o salário real das famílias começou a aumentar”, apontou.

Além disso, a atividade econômica mais forte melhorou as contas do governo, que, no ano passado, tiveram o primeiro resultado positivo em muitos anos, acrescentou Araújo.

Segundo Rodrigo Reis, especialista em relações internacionais, “existe um otimismo também com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Tanto órgãos internacionais, quanto outros governos esperam uma repetição do que foram os dois mandatos anteriores do Lula, quando o Brasil teve um crescimento bastante perceptível.”

Entretanto, os dados do BC mostram também que, apesar da recuperação do setor de serviços — após a vacinação controlar a pandemia e permitir a volta das atividades presenciais —, as vendas no varejo e a produção industrial tiveram desempenho mais fraco que em 2021. A desaceleração pode ser atribuída à redução da demanda de bens e também aos efeitos contracionistas da política monetária, especialmente nos meses finais do ano.

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