Pai e mãe sociais são indiciados por estupro contra duas filhas, em Valparaíso de Goiás
Segundo a polícia, elas tinham entre 9 e 14 anos e eram abusadas enquanto ficavam de castigo. Uma delas teve o dedo da mão arrancando enquanto colocava roupas em um máquina industrial.
Pais sociais são indiciados por estupro de vulnerável em Goiás
Os pais sociais de duas meninas foram indiciados por estupro de vulnerável e maus-tratos, em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Segundo a polícia, elas tinham entre 9 e 14 anos e eram abusadas enquanto ficavam de castigo. Uma delas teve o dedo da mão arrancando enquanto colocava roupas em um máquina industrial.
Como os nomes dos suspeitos não foram divulgados, o g1 não conseguiu localizar a defesa deles para que se posicionasse até a última atualização desta reportagem.
O crime foi registrado em 2009 depois de uma denúncia anônima. A Polícia Civil localizou as meninas que prestaram depoimentos e confirmaram serem vítimas do casal.
A delegada Samya Noleto, é responsável pela Operação Sleepers que busca novos elementos sobre a materialidade e autoria de crimes sexuais e maus-tratos envolvendo crianças e adolescentes de um orfanato da cidade.
“Queremos divulgar a operação para que se houver mais vítimas e testemunhas, elas apareçam e denunciem. Na época havia uma dificuldade das crianças em se comunicar, elas tinham medo dos seus responsáveis legais. É um caso extremamente chocante”, conta a delegado.
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Crimes
Segundo a Polícia Civil, os abusos físicos e sexuais aconteceram quando as meninas tinha entre 9 e 14 anos. À corporação, elas declararam que por várias vezes, os pais sociais as agrediram fisicamente e psicologicamente.
Em depoimento à polícia, uma delas conta que os pais as xingavam e as obrigavam a fazer todo o serviço da casa, sendo que em uma dessas situações ela chegou a perder um dos dedos após prender em uma máquina industrial de lavar roupas. Ela conta ainda que era estuprada enquanto estava de castigo.
A Polícia Civil informou ainda que um dos autores se aproveitava de uma “brincadeira” de fazer cócegas nas vítimas para passar a mão nos seios e no corpo delas.
A PC identificou os envolvidos que foram indiciados. Eles devem responder pela prática ao crime de estupro de vulnerável, pois uma das meninas foi abusada dos 9 aos 11 anos de idade e por estupro da garota de 14 anos.
Já a mãe social, apesar de não ter sido a autora dos estupros, foi indiciada por ter conhecimento e se manter conivente com os crimes. Além disso, ela deve responder pela prática de maus-tratos contra uma das vítimas que perdeu um dos dedos da mão.
Conforme a Polícia Civil, uma terceira menina foi abusada por um homem, atualmente falecido, com o auxílio do pai social. Ele colocava as meninas no colo e pedia bênção com um beijo de ‘selinho’.
A corporação disse que os agressores participaram de um cadastro para atuarem como pais sociais de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Eles ganhavam um incentivo financeiro do governo para cuidar das vítimas e recebiam a guarda delas pelo sistema de casas-lares.