Segundo investigação, suspeitos chegaram a realizar teste para candidatos. Donos de autoescola e funcionários também estão entre alvos de busca e apreensão.
A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, nesta quarta-feira (11), uma operação que investiga fraudes na realização das provas teóricas para obtenção da carteira de motorista. Entre os alvos, estão servidores do Departamento de Trânsito (Detran), donos e funcionários de autoescolas.
Segundo a investigação, os suspeitos conseguiam a aprovação de candidatos que não conseguiam passar nos testes. Para isso, eles cobravam valores entre R$ 2 mil e R$ 6 mil. Os policiais disseram ainda que os servidores auxiliavam os candidatos no momento da prova e até chegaram a realizar o exame no lugar deles.
Nesta quarta, os agentes fizeram buscas e apreensão na casa de três servidores, três proprietários de autoescolas e de cinco funcionários. Os mandados foram cumpridos em Ceilândia, Taguatinga, Samambaia, Águas Claras, Estrutural, Guará e Núcleo Bandeirante.
Em nota, o Detran informou que, “ao tomar conhecimento de indícios de irregularidades na realização das provas em Taguatinga, acionou a Polícia Civil”. O órgão afirmou também que colabora com a investigação.
Indícios
A Polícia Civil afirmou ainda que analisou provas feitas entre os 7 de fevereiro e 9 de maio. Segundo o relatório, 176 candidatos concluíram a prova em menos de 10 minutos – o tempo médio para conclusão do exame é de 40 minutos.
- Além disso, 104 concluíram a prova antes de 1 minuto. Essa é a segunda etapa da operação “Timóteo 6:10”, conduzida pela 5ª Delegacia de Polícia, na Asa Norte.