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Menino baleado por PM no DF ficou manco e tem medo de sair na rua

Menino baleado por PM no DF ficou manco e tem medo de sair na rua

Família tenta acesso à fisioterapia e a tratamento psicológico para o menino atingido em janeiro de 2023, mas não conseguiu atendimento

 

Distrito Federal
Menino baleado por PM no DF ficou manco e tem medo de sair na rua
Família tenta acesso à fisioterapia e a tratamento psicológico para o menino atingido em janeiro de 2023, mas não conseguiu atendimento.

Material cedido ao Metrópoles
Erik Oliveira dos Santos, 11 anos, vítima de um tiro disparado por um policial militar no Distrito Federal, sofre com as sequelas físicas e psicológicas. O menino está manco e é castigado por crises de medo e depressão. Ao ouvir qualquer som alto, teme ser alvo de novos disparos. e trava de pavor ao ver viaturas da Polícia Militar (PMDF).

 

De acordo a mãe do menino, Rita de Cássia Siqueira dos Santos, 40, a cirurgia para mitigar as sequelas físicas está encaminhada e será feita no Hospital da Criança de Brasília (HCB). Apesar disso, não há garantia da recuperação para o jovem torcedor do Flamengo, que antes de ser alvejado, em dezembro de 2022, sonhava em ser jogador de futebol.

Criança perde movimento de dedos do pé após ser baleada por PM no DF
Por isso, a família buscou, via Conselho Tutelar, fisioterapia e tratamento psicológico no Sistema Único de Saúde (SUS), mas ainda não teve resposta. Érik ainda não voltou para a escola. Não gosta mais de ver ninguém jogando futebol. Fica triste e envergonhado, buscando refugio na tela do celular.

“Ele fala que não sabe mais andar direito. Parece estar vivendo em luto por não jogar futebol. Tem medo de tomar banho sozinho, de dormir sozinho. Qualquer barulho acha é uma bala. Ele diz que fica ouvindo o som dos tiros na cabeça dele. Se a porta bate, se o copo caí, ele fica com medo”, disse a mãe do menino.

A família se mudou de Taguatinga para Santa Maria. Rita quer que o filho volte a viver, pois precisa retornar ao trabalho. “Quando ele vê um carro da PM, trava, fica apavorado. Tem medo de acontecer alguma coisa e sair outro tiro. Esse lado tem que trabalhar muito nele.”

Rita acrescenta que a PMDF não prestou efetivamente ajuda para o menino após o episódio: os policiais visitaram o garoto, mas não houve uma ajuda efetiva. “A gente não espera mais nada da PMDF. Ele não quer mais ver qualquer policial”, ressaltou.

Ajuda
A família de Erik precisa de apoio para superar essa fase difícil. Quem quiser ajudar pode entrar em contato diretamente com Rita pelo telefone: (61) 98360-8949.

Outro lado
Em contato com a Secretaria de Saúde. Após a publicação da reportagem, por nota, a pasta argumentou que a família do menino teria dispensado o tratamento. Mas afirmou que a rede está à disposição.

Leia a nota completa:

O paciente em questão não aguarda atendimento psicológico e nem atendimento regulado na Rede SES. A criança recebeu atendimento psicológico no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) durante a internação e a família foi orientada sobre a necessidade de acompanhamento. Porém, a família informou que eles possuíam plano de saúde e buscariam o serviço na rede privada.

Caso a família deseje acompanhamento no SUS, é necessário procurar a Unidade Básica de Saúde de referência. Na unidade a demanda será acompanhada e caso haja necessidade encaminhada para serviço especializado.

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