Médico é acusado de tirar órgãos de criança e forjar morte encefálica
O médico é acusado de retirar os órgãos do menino e forjar o exame que indicou a morte encefálica de menino de apenas 10 anos
Depois de 22 anos, o médico Álvaro Ianhez vai sentar no banco dos réus nesta segunda-feira (18/4). O julgamento vai acontecer no Fórum Lafayete em Belo Horizonte a partir das nove da manhã. O júri já foi adiado em outubro do ano passado, após o médico dispensar os seus advogados.
Ianhez é um dos acusados pela morte do menino Paulo Veronesi Pavesi, que tinha apenas 10 anos. A criança foi internada em um hospital de Poços de Caldas, no Sul de Minas, após cair de uma altura de dez metros. O médico é acusado de retirar os órgãos do menino e forjar o exame que indicou a morte encefálica de Paulo.
Ianhez vai a julgamento depois de ter um pedido de habeas corpus negado no início do mês. Outros dois médicos acusados de participação no crime, José Luiz Gomes da Silva e José Luiz Bonfitto, foram condenados a 25 anos de prisão em janeiro. No mesmo julgamento, Marcos Alexandre Pacheco da Fonseca foi absolvido.
Segundo a acusação do Ministério Público de Minas Gerais, Álvaro Ianhez foi contratado por José Luiz Gomes da Silva para ficar em tempo integral no hospital onde o menino estava internado para auxiliar José Luiz nos procedimentos médicos dados à criança. A acusação também afirma que Paulo foi anestesiado e não recebeu atendimento durante os dois dias em que ficou internado no hospital.
Ianhez também é acusado de participar de todos os procedimentos que constataram a morte encefálica do menino. As investigações mostraram também que a criança estava vivo no momento em que os órgãos foram retirados. Ainda segundo as denúncias, o menino teve o estado de saúde agravado depois de ser submetido a exames que comprovariam a morte da criança.