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Homem que matou enfermeira a tiros na frente dos filhos é condenado

Patrícia Pereira de Sousa, 41 anos, foi morta no Gama, na frente do filho e da filha, pelo companheiro, Bruno Mares, em julho de 2023

O Tribunal do Júri do Gama condenou, nessa terça-feira (21/5), Bruno Gomes Mares a 24 anos e 2 meses de prisão em regime fechado pelo feminicídio qualificado de Patrícia Pereira de Sousa, 41 anos, e por porte ilegal de arma de fogo.

A vítima, que era enfermeira, foi morta com um tiro no pescoço pelo companheiro, em julho do ano passado.

O júri aceitou as qualificadoras propostas pelo Ministério Público do DF e dos Territórios (MPDFT) de crime praticado contra a mulher em razão de condição do sexo feminino, por motivo torpe, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e na presença dos filhos da mulher.

“A vítima, uma enfermeira, que tanto auxiliou a nossa comunidade durante a pandemia, a ela sobreviveu, mas não a essa epidemia que chamamos de feminicídio”, lamentou o promotor de Justiça Daniel Bernoulli.

Relembre o caso

O crime aconteceu dentro da residência onde os dois moravam, na Quadra 3 do Setor Leste do Gama. A ocorrência foi registrada na 14ª Delegacia de Polícia (Gama) e se tornou o 20º caso de feminicídio em 2023.

Bruno e Patrícia mantiveram relação conjugal por aproximadamente 18 anos, marcada por episódios de violência física e psicológica contra a vítima, que ele acusava constantemente de manter relacionamentos extraconjugais.

No dia 30 de junho de 2023, por volta das 19h30, na Quadra 2, Setor Leste do Gama, o réu chegou em casa e iniciou mais uma discussão com a vítima, novamente a acusando de infidelidade. Durante a discussão, o denunciado empurrou a vítima, armou-se com uma pistola que trazia consigo e, sem que ela pudesse esperar, efetuou disparos contra Patrícia, matando-a.

Após matar a vítima, o denunciado fugiu do local. O crime foi praticado na presença da filha da vítima, que filmou toda a ação, e do filho do casal.

O feminicídio foi praticado por motivo torpe, pois o denunciado agiu impelido por sentimento de posse em relação à vítima. O criminoso valeu-se de recurso que dificultou a defesa da vítima, uma vez que, durante uma discussão, a empurrou e, de forma súbita, efetuou os disparos, em situação na qual a vítima não poderia esperar pelo ataque.

O crime foi praticado contra mulher por razões da condição de sexo feminino, em contexto de violência doméstica e familiar, pois o denunciado mantinha relacionamento afetivo com a vítima.

Além do assassinato, Bruno também praticou porte ilegal de arma de fogo. Desde o dia do assassinato até o dia 3 de julho de 2023, quando foi preso, portou, de forma ilegal, em via pública, arma de fogo calibre 9 mm e 11 munições de uso permitido. Ele detinha licença de caçador, atirador e colecionador (CAC).

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