Funcionários de clínica de reabilitação clandestina são presos após paciente morrer ao levar mata-leão durante internação, diz polícia
Delegado explica que o caso começou a ser investigado após funcionários de hospital e chamarem a polícia. Clinica não tinha autorização para funcionar.
Um jovem morreu após sofrer um golpe de ‘mata-leão’ durante uma internação à força em uma clínica de reabilitação clandestina, em Abadia de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia. Cinco pessoas foram presas nesta terça-feira (1º), entre elas, um gerente, os funcionários suspeitos de matar a vítima e os donos da clínica que teriam mandado fazer a internação.
O caso é investigado pelo delegado Humberto Soares, da Polícia Civil (PC), em Posse, no nordeste de Goiás. Os nomes dos investigados não foram divulgados e, por isso, o g1 não pôde localizar a defesa deles para um posicionamento até a última atualização desta matéria. Soares detalha ainda que a polícia apreendeu o carro usado na internação da vítima e uma arma de fogo.
Internação compulsória
O delegado explica que o caso começou a ser investigado há dois meses após funcionários de um hospital em Simolândia, na região nordeste do estado, chamarem a polícia após a morte do jovem. De acordo com o investigador, a vítima tinha problemas com uso de drogas e, por isso, a família pediu a internação dele na clínica, mas não sabiam a forma como ela era feita.
O caso é investigado pelo delegado Humberto Soares, da Polícia Civil (PC), em Posse, no nordeste de Goiás. Os nomes dos investigados não foram divulgados e, por isso, o g1 não pôde localizar a defesa deles para um posicionamento até a última atualização desta matéria. Soares detalha ainda que a polícia apreendeu o carro usado na internação da vítima e uma arma de fogo.
Internação compulsória
O delegado explica que o caso começou a ser investigado há dois meses após funcionários de um hospital em Simolândia, na região nordeste do estado, chamarem a polícia após a morte do jovem. De acordo com o investigador, a vítima tinha problemas com uso de drogas e, por isso, a família pediu a internação dele na clínica, mas não sabiam a forma como ela era feita.
O delegado informa que a clínica foi interditada e que os 38 internos, que ainda viviam no local, serão encaminhados para a assistência social do município e aos familiares. Tiago Teixeira Silva, de 36 anos, que ficou internado seis meses na clínica denúncia ainda que também foi internado à força e que davam remédios a mais do que o necessário.
“Tinha que tomar, não tinha isso de não querer tomar. Eles ainda cobravam a mais da minha família para dar mais remédios. Qualquer coisa eles oprimiam a gente. Graças a Deus, os policiais chegaram e eu vou embora daquela cárcere de privado”, afirma. O investigador relata que as famílias pagavam em média R$ 2 mil por mês pela internação, mas que algumas pagavam até R$ 5 mil.
Investigação
Soares explica que a internação de paciente deve ser feita após uma decisão judicial ou orientação médica com prazo e medicações necessárias. Questionado sobre a família da vítima, o delegado afirma que eles estão ajudando nas investigações. Os suspeitos são investigados pelo homicídio qualificado e sequestro, além de cárcere privado, falsificação de documentos e curandeirismo.