Semob-DF decidiu pelo fim do dinheiro a bordo dos ônibus a partir de 1º/7. A ação, no entanto, preocupa os rodoviários da capital federal
Com o fim da possibilidade do uso de dinheiro para pagar a passagem de ônibus a partir de 1º de julho, rodoviários do Distrito Federal demonstraram preocupação com uma parte da categoria: os cobradores.
“Nós somos totalmente contra a retirada dos cobradores. Como eu falei para o secretário de mobilidade, vai haver resistência do sindicato caso queiram tirar os cobradores. Nós não vamos concordar”, disse o presidente do Sindicato dos Rodoviários do Distrito Federal, João Jesus de Oliveira.
Atualmente, o DF tem cerca de 5.300 cobradores.
Ele conta que foi divulgado que não há interesse do governo pelo fim dos cobradores. As informações, segundo Oliveira, foram repassadas em uma audiência pública na Câmara Legislativa. Apesar disso, o sindicato aponta que não houve uma conversa direta para debater o assunto.
“Nós precisamos participar dessa discussão. É uma discussão que nos interessa […] Vamos defender o posto de trabalho dos cobradores, sem dúvida nenhuma”, acrescentou João Jesus.
O rodoviário ressalta que a função do cobrador vai além de simplesmente entregar o troco para o passageiro. “Ele está aí pra poder auxiliar o motorista no trânsito, no embarque e desembarque. E está ali para dar informação para população, ajudar idosos e cadeirante. Hoje, o elevador tem que auxiliar manualmente ali com o aparelho, subir e descer o cadeirante”.