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Eduardo Best, produtor do cantor Hungria, é alvo de busca da PCDF

  1. Eduardo Best, produtor do cantor Hungria, é alvo de busca da PCDF

Há suspeita de que o escritório dos artistas seja utilizado para ocultar valores provenientes da venda de rifas ilegais de grupo criminoso

Um dos alvos da Operação Huracán, deflagrada nas primeiras horas desta segunda-feira (21/3) pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), é o empresário Eduardo Bastos de Assis (foto principal), conhecido como Eduardo Best. Policiais cumpriram mandados de busca e apreensão na casa dele, no Lago Sul. O produtor é proprietário da Best Produções Artísticas, escritório de artistas da capital federal com projeção nacional, como o cantor Hungria e o grupo Pacificadores.

Eduardo Best coleciona 347 mil seguidores no Instagram e ostenta uma Ferrari 458 Spider, avaliada em aproximadamente R$ 3 milhões. O veículo de luxo foi apreendido na manhã desta segunda.

De acordo as apurações da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos (DRF),o esportivo estaria em nome do youtuber Kleber Rodrigues de Moraes, ou simplesmente Klebim. O influenciador digital, preso suspeito de liderar suposto esquema de rifas ilegais e lavagem de dinheiro, é uma das personalidades agenciadas pela Best Produções.

Influente no meio artístico, Eduardo Best chegou a usar a Ferrari vermelha e outros carros superesportivos, como uma Lamborghini prata, de propriedade de Kleber Moraes, na produção de clipes musicais.

Os investigadores identificaram que o empresário teria usado contas nas redes sociais para promover a divulgação dos jogos clandestinos de Kleber Moraes. Também há suspeita de que o escritório dos artistas seria utilizado para ocultar valores provenientes da venda de rifas do grupo criminoso.

Entre agosto de 2019 e janeiro de 2020, a Best Produções recebeu R$ 1,1 milhão. Entretanto, a empresa alega que tem rendimento mensal de R$ 78 mil. Os investigadores teriam detectado, ainda, a transferência da quantia de R$ 1 milhão para a conta de Kleber.

A ação deflagrada nesta segunda-feira (21) resultou na prisão temporária de quatro pessoas que integravam uma associação criminosa interestadual voltada à prática de jogo de azar e lavagem de dinheiro. Foram cumpridos mandados de busca no Distrito Federal, nas cidades de Brasília, Águas Claras, Guará e Samambaia.

O  grupo atuava desde 2021 no sorteio de veículos por meio de rifas. Também lavava dinheiro a partir de empresas de fachada e “testas de ferro”. Os criminosos teriam movimentado R$ 20 milhões em apenas dois anos.
Com autorização judicial, foram sequestrados nove veículos, entre eles um Lamborghini e uma Ferrari. Também uma mansão do líder da associação criminosa, no Park Way, e determinado o sequestro de R$ 10 milhões das contas dos investigados.

Rifa clandestina

A rifa clandestina é prática ilegal, de acordo com o Ministério da Economia, responsável por regrar e fiscalizar loterias e jogos de azar no país. Segundo a pasta, ainda que o dinheiro da rifa sirva para bancar projetos de veículos ou seja total ou parcialmente direcionado para caridade, a prática é considerada clandestina e irregular.

A legislação permite sorteios e rifas com venda de cotas apenas para instituições filantrópicas e mediante autorização especial – nesse caso, os sorteios devem ser realizados necessariamente via Loteria Federal. De acordo com o órgão, “a exploração de bingos, loterias e sorteios é atividade ilegal e constitui contravenção penal”, além de ser um “serviço público exclusivo da União”.

Por meio de nota, o ministério informa que, se houver comprovação de prejuízos a qualquer participante, poderá ser configurado ilícito penal ou, “no mínimo”, lesão ao consumidor.

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