Concurso da PCDF: prova para agente policial atrasa por falta de colaboradores
Segundo Cebraspe, responsável pela avaliação, parte da equipe não compareceu, mas ‘reservas’ substituíram. Problema ocorreu em três instituições.
aplicação da prova para o concurso de agente da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), neste domingo (22), ocorreu com atraso em três instituições. Às 14h, horário previsto para o início da avaliação, candidatos se aglomeravam em frente aos portões ainda fechados (na foto acima).
Segundo o Cebraspe, responsável pela avaliação, “o atraso decorreu do não comparecimento de parte da equipe alocada para apoiar na realização das provas”, mas que encaminhou “reservas” para substituição.
O problema ocorreu no colégio Marista, da Asa Norte; no Sigma, na Asa Sul e no Centro de Ensino Fundamental 6 do Lago Sul. A banca não detalhou quanto tempo demorou para o início da avaliação, nem a quantidade de candidatos afetados.
Já candidatos afirmam que a prova só começou por volta das 15h15 (assista acima). Conforme o edital, a avaliação tem duração máxima de quatro horas e meia.
Questionado sobre a possibilidade do concurso ser anulado por conta do atraso, o Cebraspe informou que o incidente “não prejudicou o evento, já que a aplicação das provas foi iniciada e o tempo de atraso será compensado ao final, preservando-se a isonomia do concurso.
Uma das candidatas, Manuela Costa, lamenta o ocorrido e relata que sofreu impactos no desempenho. “Nós já temos um peso que é o da prova, além disso, ficamos um bom tempo no sol, esperando a abertura dos portões. O que não foi feito no horário designado no edital”, afirma.
“Infelizmente, a vontade que eu tive foi de largar a prova em branco e ir embora, de tanto estresse que foi essa prova de hoje”, conta Manuela.
Outra candidata Letícia Silveira, tambem afirma que ficou abalada, e reclama da falta de informação por parte da banca durante o atraso. “O concurso em si, já gera uma ansiedade e essa demora, sem resposta, gera mais ainda essa ansiedade. Só agrava”, disse.
88,8 mil inscritos
prova para agente policial reuniu 88.891 inscrições para 600 vagas. A remuneração para o cargo é de R$ 8.698,78.
O concurso público da PCDF é realizado após diversos adiamentos por conta da pandemia. O edital para agente foi divulgado em julho de 2020, com avaliações inicialmente marcadas para 18 de outubro do ano passado.
No sábado (21), houve as provas para o cargo de escrivão, sem o registro de atrasos.
Pedido de suspensão
A realização do concurso também enfrentou debate judicial. Em uma ação popular, duas candidatas alegaram que a aplicação das provas deveria ser suspensa, em razão da pandemia, citando as novas variantes do vírus.
Na última quinta-feira (19), o juiz Jansen Fialho de Almeida da 3ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal negou pedido das autoras e manteve a aplicação das provas. Ao negar o pedido, o magistrado afirmou que os procedimentos para a realização das provas em um ambiente seguro, de modo a se evitar a propagação da Covid-19, estão sendo adotados pelas autoridades competentes”.
Uma das autoras recorreu contra a decisão, mas teve o pedido de suspensão da prova negado novamente, desta vez, pelo desembargador plantonista Diaulas Costa Ribeiro, na madrugada de sábado (21).
No texto, o magistrado lembrou que “no Distrito Federal, neste ano, ocorreram concursos da Polícia Federal e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, dentre outros, com milhares de candidatos” e que “não há evidência de que tenham contribuído para a proliferação do vírus, sem contar que houve ampliação da cobertura vacinal para as faixas etárias que concorrem a cargos públicos”.
O que diz o Cebraspe?
“O Cebraspe informa que ocorreu atraso para o início da aplicação das provas do concurso público da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), para o cargo de Agente, neste domingo (22), em três escolas: Marista Asa Norte, Sigma Asa Sul e CEF 06 do Lago Sul.
O atraso decorreu do não comparecimento de parte da equipe alocada para apoiar na realização das provas e não prejudicou o evento, já que a aplicação das provas foi iniciada e o tempo de atraso será compensado ao final, preservando-se a isonomia do concurso.
O Centro esclarece, ainda, que a realização de concursos públicos está sujeita a intercorrências e que as equipes reservas existem justamente para suprir eventuais ausências injustificadas de colaboradores, como no caso em comento”.