Adolescente e o pai conseguiram medida protetiva na Justiça, mas PM mora na vizinhança, e encontros acidentais entre eles são frequentes
Medo e revolta passaram a fazer parte da rotina da família da adolescente de 15 anos vítima de importunação sexual no Riacho Fundo 1. Desde o episódio, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) começou a investigar o policial militar Marcelo Braga Oliveira, 45, suspeito de mostrar as parte íntimas para a jovem.
A Justiça do DF concedeu medida protetiva para a adolescente e o pai dela. Contudo, o PM mora na vizinhança e teve direito a responder ao processo em liberdade; por isso, encontros acidentais entre a jovem e o investigado são frequentes.
A importunação sexual denunciada pela família teria ocorrido no último dia 14, quando a jovem estava em casa. Em dado momento, ela olhou pela janela, viu o policial militar e, nesse momento, Braga teria exposto as parte íntimas e a chamado, segundo a ocorrência.
Desesperada, a adolescente ligou para o pai, que chegou rapidamente em casa e foi até Marcelo. Durante a discussão, ele deu uma cabeçada no PM, que mostrou uma arma de fogo e se identificou como policial. Os dois acabaram levados para a 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas).
Marcelo foi preso em flagrante, e o pai da jovem foi autuado por lesão corporal. Após audiência de custódia, o policial foi liberado, mas o juiz da Vara Criminal e do Tribunal do Júri do Riacho Fundo determinou que o PM mantenha distância de 20 metros da adolescente e do responsável por ela. O militar também está proibido de tentar contato com a família dos denunciantes por qualquer meio de comunicação.