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Após 22 dias parados, professores do DF decidem encerrar greve

Após 22 dias parados, professores do DF decidem encerrar greve

Em assembleia na manhã desta quinta, categoria votou por aceitar proposta apresentada pelo governo local e interromper greve de três semanas

De braços cruzados há 22 dias, os professores da rede pública de ensino do Distrito Federal decidiram encerrar a greve promovida pela categoria. Na quinta assembleia dos profissionais, na manhã desta quinta-feira (25/5), em frente ao Eixo Cultural Ibero-Americano — antiga Funarte —, os educadores votaram pelo fim do movimento paredista.

De volta às salas de aula a partir desta sexta-feira (26/5), os professores cobravam reestruturação da carreira, correção da remuneração, melhores condições de trabalho e incorporação de gratificação aos salários dos servidores.

Em reunião com representantes do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), nessa quarta-feira (24/5), o Governo do Distrito Federal (GDF) propôs alternativas para o encerramento da greve. Na rodada de negociações, o Executivo local ofereceu novamente a incorporação da Gratificação de Atividade Pedagógica (Gaped) à remuneração de profissionais da ativa, aposentados e pensionistas.

O benefício seria pago em seis parcelas, até 2026. Agora, porém, a incorporação começará no segundo semestre deste ano, não em 2024, como proposto inicialmente. O impacto aos cofres públicos será de R$ 676 milhões.

Apesar de estar incluída no reajuste remuneratório de 18%, pago em três parcelas anuais de 6%, a categoria considerou o aumento insuficiente para repor as perdas dos últimos anos.

Em decisão de 7 de maio, a Justiça do DF considerou a greve abusiva. No âmbito da ação protocolada pela Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF), o órgão destacou que os servidores mantiveram a paralisação mesmo após o Executivo local aprovar o aumento de 18% e propor a gratificação na remuneração dos educadores.

Na terça-feira (23/5), a Secretaria de Educação (SEDF) informou que cortaria o ponto dos servidores que aderissem à paralisação, medida considerada “autoritária” pelo Sinpro-DF. Além disso, um dia antes, o GDF havia cobrado na Justiça o pagamento de multa diária em dobro, pela manutenção da greve, com custo de até R$ 600 mil.

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