Piloto de helicóptero morador de Valparaíso de Goiás, desaparecido na Amazônia realizava instruções sobre sobrevivência na selva
Tenente-coronel Josilei Gonçalves de Freitas realizou inúmeras missões na região e coordenou grupos áereos do DF e Pará. Aeronave decolou com três pessoas a bordo na quarta-feira (16) da base Bona, na Aldeia Maritepu, no Pará, com destino a Macapá.
O tenente-coronel Josilei Gonçalves de Freitas, comandante do helicóptero desaparecido desde quarta-feira (16) na Floresta Amazônica, possui experiência na região e foi responsável por realizar treinamentos para outros pilotos sobre sobrevivência em ambientes de selva. O comandante participou da implantação da aviação do Ibama, do GTA-AP e foi comandante dos grupos aéreos do DF e do Pará.
Além do piloto, também estavam na aeronave o mecânico Gabriel e o engenheiro civil José Francisco Pereira Vieira, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
A aeronave da empresa Sagres, contratada pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Amapá e Norte do Pará, decolou por volta das 12h de quarta-feira (16) da base Bona, na Aldeia Maritepu, localizada no Parque Indígena Tumucumaque, no Pará, com destino a Macapá.
O capitão Jean Silva, do Grupo Tático Aéreo do Amapá (GTA), descreveu a notoriedade dos trabalhos do comandante desaparecido para a aviação de segurança pública no país.
“O coronel Gonçalves é um ícone da aviação. É um piloto altamente experiente e foi uma das pessoas que ajudou a fundar a parte aérea de segurança pública no Brasil. É uma pessoa muito querida e a gente tá na busca e esperança e não vamos desistir”, disse o capitão.
Segundo o coordenador do GTA, o tenente-coronel Eder Prado, os pilotos podem realizar pousos em clareiras em caso de mau tempo.
“As informações que a gente tem é que estava um mau tempo na região, com muita chuva. É comum nesta região os pilotos pousarem, quando tá um mau tempo, em clareiras de aldeias ou garimpos”, descreveu o coordenador.
Buscas
Por volta das 9h da manhã desta sexta-feira (18) equipes do Grupo Tático Aéreo (GTA) do Amapá e do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (SAR) do Pará levantaram voo para novas buscas ao helicóptero que desapareceu na Amazônia com piloto da PM-DF, mecânico e engenheiro da Funai, na quarta-feira (16). Equipes já encontraram “áreas quentes” que indicam “movimentação” na região que a aeronave desapareceu.
O Centro de Coordenação de Salvamento Aeronáutico Amazônico, unidade da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável por coordenar as operações de buscas aéreas na região, informou que uma aeronave SC-105 Amazonas também atua nas buscas.
Veja o que se sabe sobre o desaparecimento de helicóptero na Amazônia
O desaparecimento do helicóptero da empresa Sagres na Floresta Amazônica chega ao terceiro dia nesta sexta-feira (18). A aeronave contratada pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Amapá e Norte do Pará decolou por volta das 12h de quarta-feira (16) da base Bona, na Aldeia Maritepu, localizada no Parque Indígena Tumucumaque, no Pará, com destino a Macapá. Três pessoas estavam a bordo.
De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o pouso estava previsto para ocorrer as 14h15 no Aeródromo Sérgio Miranda, em Macapá.
Segundo a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde, a equipe fazia inspeção de pistas de pouso na terra indígena. As ações da missão incluíam vistorias, inspeções, levantamentos e elaboração de projetos de engenharia.
Na tarde desta quinta-feira (17), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) divulgou os nomes dos desaparecidos: tenente-coronel Josilei Gonçalves de Freitas (piloto), Gabriel (mecânico) e o engenheiro civil José Francisco Pereira Vieira, da Funai.