Bancária cai em golpe do Pix no DF e tem prejuízo de R$ 40 mil
Servidora fez nove transferências de valores diversos. Criminosos sabiam informações pessoais, como apelidos carinhosos e rotina da família
O golpe do Pix está cada vez mais popular e não poupa ninguém. Neste fim de semana, uma bancária, de 62 anos, caiu na armação de bandidos, que se passavam pela filha, e transferiu mais de R$ 40 mil à quadrilha. A 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) investiga o caso informou que está em busca dos criminosos.
De acordo com a vítima, a filha mais velha estava em viagem pelo litoral baiano, com pouco acesso à internet. Uma pessoa, então, se passando pela primogênita, enviou uma mensagem para o celular da bancária, dizendo que o aparelho teria sofrido um curto-circuito e que precisaria fazer transação bancária para alguns amigos.
A mãe alegou que o perfil tinha a foto da filha e que os estelionatários sabiam informações pessoais, como apelidos carinhosos e rotina da família. “Em outros momentos eu fiz transferência para ela nesse mesmo esquema, e ela me ressarcia depois”. A servidora ainda contou que não seria a primeira vez que o telefone da herdeira apresentou problema. Além disso, a filha costuma cuidar de investimentos de amigos.
Durante dois dias, a bancária fez nove transferências de montantes diversos, sendo seis da própria conta, duas usando a conta da avó e uma do pai da jovem. Os valores foram crescendo, até chegar a um pedido de R$ 16 mil, quando ela se recusou, mas ainda não tinha desconfiado no golpe. A dúvida só teve início quando a filha enviou uma foto do celular que estaria supostamente queimado para a avó. Nesse momento, a mãe questionou sobre o modelo do aparelho e percebeu ter caído na armação da quadrilha.
Para fazer as transferências, a servidora precisou entrar no cheque especial. “Hoje estou fazendo um empréstimo nesse valor para conseguir pagar”, lamentou.
Com acesso às mensagens, os criminosos conseguem simular conversas com laços afetivos. Diante dessa situação, é necessário tomar cuidado para não cair na armadilha. De acordo com Serasa, alguns procedimentos podem ser feitos para evitar que a pessoa tenha prejuízo pelo esquema.
A primeira forma de evitar é protegendo sua conta de ser hackeada pelos bandidos. Para isso, é importante habilitar a autenticação de duas etapas na conta do WhatsApp.
1. Abra o WhatsApp;
2. Clique no menu de três pontos e acesse as “Configurações”;
3. Em “Conta”, escolha “Verificação/Confirmação em duas etapas”;
4. Clique em “Ativar” e escolha uma senha seis dígitos para a conta do WhatsApp;
5. Confirme o seu PIN (digite novamente o seu código pessoal);
6. Cadastre um endereço de e-mail válido para caso esqueça seu código;
7. Clique em “Avançar” e confirme seu endereço de e-mail, depois em “Salvar”.
No caso de fazer transferência, a empresa orienta verificar a identidade de quem está solicitando o repasse e sempre desconfiar de amigos enviando mensagem com suposta dificuldade financeira. O Serasa orienta a não fazer transferências para as pessoas sem antes confirmar por chamada telefônica ou pessoalmente, já que o aplicativo pode estar clonado.
A Polícia Civil reforça os cuidados e preparou cartilhas para orientar as pessoas nesses casos.