Seja bem-vindo. 23 de dezembro de 2024 11:32
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Menino picado por escorpião apresenta piora e pais esperam reação

O menino picado por um escorpião, na noite do Ano Novo, em Arniqueira, no Distrito Federal, Thomas Caitano, de 2 anos, apresentou piora no quadro neurológico nesta quinta-feira (12/1). Segundo a mãe da criança, Adriana Caitano, 36, as alternativas para a recuperação do garoto estão se esgotando, pois a atividade cerebral está instável. “Agora é esperar ele reagir”, afirma a jornalista.

Com edema na cabeça, a equipe médica faz ações neuroprotetoras para controlar a temperatura do cérebro. Por ser um caso grave, o menino está intubado na UTI do Hospital Brasília de Águas Claras, em coma induzido. “Está em sedação mais profunda para que não sobrecarregue o cérebro”, acrescenta Adriana Caitano.

O rapaz passou por hemodiálise (procedimento que limpa o sangue) nos rins para facilitar a retirada de líquidos. “Nossa família ainda tem muita esperança e pede orações de todos os credos, que a corrente de amor que se formou em torno do Thomas siga tão forte como tem sido”, pede a mãe da criança. O veneno do escorpião afetou o coração e os pulmões do menino.

Relembre o caso
Tudo começou na madrugada do Ano Novo, por volta das 4h. A mãe de Thomas, Adriana Caitano, conta que a criança acordou e chamou pelos pais. “Ele estava chorando muito, coçando a cabeça e gritando muito de dor”, relembra.

O pai da criança, então, perguntou se o pequeno havia visto algum inseto no local e passou a vasculhar o quarto. “Quando levantamos o travesseiro, vimos um escorpião, já grande. Percebemos que era grave e só o pegamos no colo, meu marido conseguiu capturar o escorpião, e saímos correndo”, relembra.

Ao perceberem a gravidade, os pais foram diretamente para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) em busca de socorro, pois o marido de Adriana obteve a informação de que, em caso de picada de escorpião, deve-se encaminhar a vítima ao HRT e ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran), hospitais de referência no atendimento a pessoas envenenadas por picadas de escorpião. Mãe e pai ainda entraram em contato com o Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) para confirmação.

A criança deu entrada no HRT em estado grave, alegando dor e vomitando bastante, exigindo tratamento imediato por meio do soro antiescorpiônico, medicamento utilizado em envenenamentos moderados e graves. De acordo com a equipe médica do hospital, a agilidade e precisão dos pais foi essencial e fez toda diferença no estado de saúde da criança.

Depois de iniciar o tratamento, Thomas começou a hiperventilar (quando a pessoa tem desequilíbrio da respiração). Foi identificado que os pulmões tinham sido afetados, fazendo com que fosse necessária a transferência para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A mãe da criança alegou que faltaram equipamentos no momento da intubação e afirma que o atendimento poderia ter sido melhor caso houvesse estrutura.

A UTI do hospital em que a criança estava internada não estava funcionando. “Conseguiram uma vaga em um hospital via convênio SUS, mas não tinha médico para acompanhar meu filho na ambulância. Então, não podiam liberar essa transferência”, revela a mãe de Thomas. A reportagem procurou a Secretaria de Saúde para se posicionar sobre o relato de Adriana. O espaço segue aberto para manifestações.

Nesse período, os pais entraram em contato com o plano de saúde e o hospital particular que conheciam para liberação da vaga previamente e da ambulância. “Ainda assim, a ambulância não tinha o pediatra para acompanhar e não tinha alguns equipamentos que eram necessários para o tratamento dele, justamente porque tinha coisa que estava destinada para a posse presidencial”, pondera.

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