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PCDF identifica mulher que abandonou recém-nascida no banheiro de um centro comercial do DF

PCDF identifica mulher que abandonou recém-nascida no banheiro de um centro comercial do DF

Em depoimento ela contou que não sabia da gestação e que foi um ato de desespero

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) identificou a mulher que deu à luz e abandonou uma bebê em um banheiro público de um centro comercial em Vicente Pires.

A mulher tem 23 anos e é moradora de Planaltina. A polícia chegou até ela após analisar as imagens de câmeras de segurança do local.

A mulher e o namorado foram encaminhados à 38ª DP nessa quarta-feira (14/12).

De acordo com a PCDF, o namorado da mulher negou ser o pai da criança e afirmou que não sabia da gravidez, pois a mulher não teve alteração corporal.

Para a polícia, o homem afirmou que estava trabalhando, realizando a entrega de mercadorias em veículo de aplicativo, em companhia da mulher. Em determinado momento, ela começou a passar mal e lhe pediu para estacionar o carro no bloco comercial situado às margens da EPTG.

Ele afirmou que a namorada foi até o banheiro e, após alguns minutos, retornou ao veículo normalmente, tendo eles ido embora em seguida.

Versão da mulher

Na delegacia, a mulher contou que nao sabia da gestação. Ela afirmou que está no relacionamento com o namorado há mais de 4 anos, porém, o casal se separou por cerca de 9 meses.

Durante a separação, ela afirmou que manteve relações sexuais com outro homem no mês de abril e retomou o namoro em setembro.

No dia dos fatos, a mulher disse à polícia que sentiu fortes cólicas e, acreditando que estivesse com dor de barriga, pediu para seu namorado parar em um bloco comercial para utilizar o banheiro público.

A mulher contou que utilizava o banheiro, quando sentiu uma forte dor na barriga e percebeu algo saindo de dentro dela e o barulho de cair na água.

Ao se levantar percebeu que era um bebê.

Ainda em depoimento, ela disse que ficou desesperada e sem saber como contar para sua família e para seu namorado, pois o filho não era dele, enrolou o bebê em um saco plástico que achou na lixeira, o amarrou e o colocou de volta na lixeira.

A mulher disse que se limpou e retornou ao carro, sem que o namorado percebesse nada de diferente.

A mulher afirmou estar arrependida

Ela foi encaminhada ao IML, para que fosse submetida aos exames de constatação de parto recente e de estado puerperal, tendo também sido conduzida ao Instituto de Pesquisa de DNA Forense da PCDF (IPDNA) para colheita de material genético para posterior confronto com o material genético colhido da recém nascida.

Por não se encontrar em estado flagrancial, a autora permanecerá em liberdade durante a investigação e, caso comprovado que a sua conduta foi praticada sob influência do estado puerperal, ela será indiciada pelo crime de tentativa de infanticídio, com penas previstas de 2 a 6 anos de reclusão. Caso tenha praticado o crime sem a influencia do estado puerperal, a autora pode responder pelo crime de tentativa de homicídio qualificado, com penas previstas de 12 a 30 anos de prisão.

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