A partir do próximo dia 25, os 36 milhões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começam a receber as aposentadorias corrigidas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2021, que registrou alta de 10,16%.
O INPC mede a inflação das famílias mais pobres, com renda de um até cinco salários mínimos e serve de base para o reajuste do salário mínimo e dos benefícios previdenciários pagos pelo INSS. A variação do indicador em dezembro e a acumulada no ano foi divulgada, nesta terça-feira (11/01), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o teto das aposentadorias passará de R$ 6.443,57, para R$ 7.087,22.
Dos 36 milhões de beneficiários do INSS, 23,4 milhões recebem um salário mínimo que, conforme a Medida Provisória nº 1.091/2021, publicada em 31 de dezembro de 2021, o novo valor do piso é de R$ 1.212. Esse valor considerou uma variação de 10,18% no INPC, e, portanto, bem próximo da taxa do INPC de 2021. O novo valor ficou R$ 0,30 acima do valor que consideraria o dado do INPC efetivo.
“O INPC de 2021 foi divulgado hoje, encerrando o ano com uma variação de 10,16% em relação ao ano anterior, é bastante próximo ao reajuste do salário mínimo”, avaliou o economista Arnaldo Lima, diretor de Estratégias Públicas do grupo Mongeral Aegon (MAG), Arnaldo Lima.
No ano passado, entretanto, o governo corrigiu o salário mínimo abaixo do INPC, refletindo perdas reais para o trabalhador. O valor de R$ 1.100 ficou R$ 2 abaixo do que seria a correção efetiva do INPC, que registrou alta de 5,54% em 2020, mas o aumento do salário mínimo teve uma taxa de 5,27%.
Procurado, o INSS informou que o Ministério do Trabalho e Previdência publicará uma portaria com todos os valores atualizados pelo INPC de 2021. “Conforme previsto em lei, o INPC serve como base para reajustar os benefícios do INSS. Ainda não há data certa para a publicação da portaria, mas ela deverá sair ainda esta semana”, informou o órgão.