Seja bem-vindo. 22 de dezembro de 2024 22:59
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Pregoeiro da prefeitura de Cidade Ocidental vira alvo policial que investiga esquema que desviou R$ 120 milhões

Viagens, festa de casamento e até casa de luxo teriam sido pagos com dinheiro de corrupção em prefeitura no Entorno do Distrito Federal

A Polícia Federal (PF), por meio de ação conjunta com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou a segunda fase da Operação Ypervoli, na manhã desta quarta-feira (18/12), para investigar empresas e servidores públicos suspeitos de praticar corrupção e desviar recursos da prefeitura de Cidade Ocidental (GO), no Entorno da capital do país. As equipes cumprem 16 mandados de busca e apreensão, no Distrito Federal e em Goiás, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

A primeira fase da operação, deflagrada em setembro deste ano, identificou elementos que envolveriam empresas de diversos ramos no pagamento de propinas a servidores públicos da Cidade Ocidental, principalmente em obras nas áreas da saúde e da educação. Com a análise do material apreendido, os investigadores verificaram que o mesmo esquema de corrupção seria operado nos setores de transporte escolar e de aluguel de veículos.

Alguns dos contratos suspeitos foram assinados em 2017 e foram prorrogados até este ano, como no caso de uma empresa de transporte escolar. Ela teria recebido cerca de R$ 117 milhões, mas fica sediada em um imóvel que seria de fachada, segundo as apurações.

A CGU identificou, ainda, que quase R$ 63 milhões – mais da metade do valor do contrato – teria sido superfaturado. Um dos servidores municipais investigados, que ostentava um alto padrão de vida nas mídias sociais, supostamente teve desde a casa – comprada por R$ 1,6 milhão – até a festa de casamento pagos diretamente por empresas envolvidas no esquema.

O mesmo suspeito, que recebia um salário aproximado de R$ 10 mil, teria viajado para as cidades de Dubai (Emirados Árabes Unidos), Madri (Espanha), Nova York (Estados Unidos) e Fernando de Noronha (PE) em menos de um ano. As investigações continuam.

 

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