A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)decidiu instaurar inquérito para apurar um suposto caso de estupro de vulnerável. A vítima é uma criança de 4 anos, e o crime teria ocorrido dentro do colégio bilíngue Avidus School, localizado no Sudoeste, no dia 3 de outubro. No momento, a investigação busca verificar a materialidade, a autoria e as circunstâncias do suposto abuso sexual.
Exames mostram que a vítima apresentou laceração de cerca de 7mm localizada no início da vagina. O ferimento tinha sinais de sangramento recente e, segundo o laudo, foi possivelmente provocado por manipulação da região genital “decorrente da satisfação da lascívia do autor”.
Os familiares contam que, quando foram buscar a garota no colégio, foram avisados pela escola de que a criança se queixava ao urinar e indicava ardência na vagina. Posteriormente, ao ter contato com a filha, os pais verificaram inchaço e sangue naquela região do corpo.
Eles garantem que tudo estava normal com a menina e não havia nenhum ferimento antes de ela ir estudar. Com a situação, decidiram levar a garota para o hospital. As enfermeiras, então, analisaram a condição e iniciaram o protocolo para atendimento de vítimas de abuso sexual. Um boletim de ocorrência foi registrado na sequência.
Apesar de terem sido informados sobre a possibilidade de que uma outra criança, colega de turma, possa ter causado os ferimentos na menina, os pais acreditam que algum profissional do colégio estaria envolvido com o suposto crime. No entanto, vale ressaltar que a PCDF ainda apura quem cometeu o ato contra a vítima e não apontou nenhum suspeito.
“O único momento que a minha filha fica sem supervisão é quando ela está dentro da escola, porque a gente tinha a escola como um lugar seguro. Um lugar seguro para ela estar. Quando eu paro para pensar o que aconteceu com a minha filha, é um misto de sentimentos”, afirma a mãe.
“A gente está à base de calmante. Meu marido já perdeu mais de cinco quilos. Eu já perdi uns três. Eu não durmo mais. Tomo calmante para eu ficar calma durante o dia, para a minha cabeça parar de ficar pensando. E ainda temos que nos manter firmes, fingir que nada está acontecendo para não transpassar para minha filha, para ela não perceber isso”, lamenta.