Além dos novos crimes de estelionato, o suspeito já foi preso por homicídio cometido contra seu pai para obter o dinheiro do seguro de vida
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu um mandado de prisão preventiva contra Nilbert Meira de Oliveira, de 35 anos, nesta terça-feira (23/7). Além de uma longa ficha criminal, que inclui a execução a tiros, em 2014, do próprio pai para obter o dinheiro do seguro de vida, o suspeito é investigado por ter cometido diversos crimes de estelionato.
O homicídio contra o pai, o fotógrafo Albertino de Oliveira Marques, ocorreu há 10 anos, em Pernambuco. Já a investigação que resultou na prisão desta terça, feita por policiais civis da 5ª DP (área central), iniciou-se após uma denúncia anônima.
O homem conheceu a vítima em um evento e se apresentou como Clodomir Junior, utilizando uma identidade falsa. Nilbert costumava se passar por um grande empresário, investidor e pessoa de grande influência, sempre ostentando riqueza em festas, bares e eventos na capital.
Segundo a PCDF, ele usava documentos adulterados para obter vantagem econômica ilícita das vítimas e mudava de casa frequentemente. A investigação revelou que Nilbert se associou com outras pessoas para cometer crimes financeiros e lavar dinheiro. Também foi cumprido um mandado de busca no último endereço do suspeito nesta terça-feira (23/7).
Além de estelionato qualificado e associação criminosa, a investigação atual da PCDF indica a prática de ameaças e violência patrimonial já que ele teria utilizando a relação afetiva para obter vantagens econômicas ilícitas. Os agentes apuram ainda o crime de lavagem de dinheiro pois Nilbert teria ocultado e dissimulado os valores ilegais. A soma das penas máximas de todos crimes mencionados totaliza 21 anos e 6 meses de reclusão.
Em 2022, uma outra pessoa relatou que Nilbert, seu ex-namorado, a perseguiu utilizando identidade falsa. No ano passado, vítimas descreveram que foram convencidas pelo homem a investir dinheiro e fazer empréstimos que nunca tiveram o retorno financeiro prometido.
- Naquele ano, uma vítima afirmou que o suspeito a ameaçou pessoalmente e por meio de mensagens após uma transação comercial que não foi bem-sucedida. A mulher mencionou ameaças contra sua família.